Quando o giz não basta: como a arte ajuda crianças a “desenrolar os nós da vida”

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Enf. Karoline Tristão Carvalho

Você já se perguntou como seu filho realmente se sente diante de mudanças como a separação dos pais, a perda de um ente querido ou uma mudança repentina para outra cidade? Será que eles conseguem expressar seus sentimentos ou tudo fica guardado, como um desenho nunca terminado?

Para muitas crianças, essas situações podem parecer um enigma emocional difícil de resolver. Mas e se existisse uma forma de ajudar as crianças a ‘falar’ mesmo sem usar palavras? É aqui que a arte entra como uma poderosa aliada.

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Crianças enfrentam desafios emocionais desde cedo, e situações como conflitos familiares, luto ou mudanças podem desencadear sentimentos de tristeza, insegurança e ansiedade. Por vezes, elas não possuem as ferramentas necessárias para expressar o que sentem, o que pode levar ao isolamento emocional. Esse silêncio emocional afeta não só o comportamento, mas também o desenvolvimento social e cognitivo das crianças.

Estudos demonstram que a arte oferece um caminho acessível e eficaz para que as crianças expressem suas emoções. A Arteterapia, por exemplo, é amplamente reconhecida como uma ferramenta terapêutica que permite aos pequenos traduzir sentimentos em imagens, cores e formas.

Atividades como desenho, pintura e modelagem de argila ajudam as crianças a elaborar conflitos internos, fortalecendo sua saúde mental.(Fonte: Nucleodoconhecimento.com.br)

Além disso, no ambiente escolar, incluir atividades artísticas proporciona um espaço seguro para a criatividade e a expressão emocional. Quando professores abrem espaço para ateliês criativos e projetos de arte, criam oportunidades para que as crianças compartilhem suas vivências de maneira natural, ao mesmo tempo que aprendem a lidar com emoções.(Fonte: Aatesp.com.br)

SUGESTÕES PRÁTICAS: ARTE NO DIA A DIA

Quer incluir a arte na rotina do seu filho? Aqui estão algumas ideias simples:

1. Desenho e pintura: ofereça materiais variados e incentive a criação livre, sem julgamentos ou objetivos pré-definidos.
2. Modelagem com argila: trabalhar com as mãos ajuda a reduzir o estresse e incentiva o foco.
3. Teatro e música: encoraje brincadeiras que envolvam dramatizações ou a criação de melodias simples.
4. Histórias ilustradas: convide a criança a criar livros com desenhos para contar suas próprias histórias.

Além disso, terapeutas podem utilizar a arte como uma ferramenta para acessar as emoções mais profundas das crianças. Por meio do desenho, por exemplo, sentimentos difíceis de verbalizar tornam-se visíveis, ajudando no processo terapêutico. (Fonte: Pepsic.bvsalud.org)

A arte não é apenas diversão; é uma forma de as crianças se reconectarem consigo mesmas e com o mundo ao seu redor. Em tempos de turbulência emocional, seja um desenho rabiscado ou uma música improvisada, a arte oferece um espaço seguro para que as crianças processem, elaborem e superem seus desafios. Afinal, quem nunca precisou de um pouco de cor para enxergar a vida com novos olhos?

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Enf. Karoline Tristão Carvalho

Enfermeira e mãe atípica. Pós-graduada em Oncologia/hematologia e Pós-graduada em Gestão Hospitalar e Sistemas de Saúde. Possui experiência profissional no Instituto Nacional do Câncer - RJ. Atuou em diversas multinacionais e empresas nacionais como Key Account Manager. Artista auto-didata, hoje usa sua experiência como enfermeira e artista para ajudar outras mães e famílias no ato de maternar! @karoline.tristao