Exames laboratoriais: saiba quais são e as diferenças das cores dos tubos de sangue

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Dr. Pedro Serrão Morales

Você já deve ter reparado que, sempre que necessita realizar uma coleta de sangue no laboratório clínico, o profissional responsável pela coleta utiliza, muitas vezes, vários tubos, cada qual com uma cor de tampa diferente (ex.: roxa, amarela/vermelha, azul-claro, cinza, verde etc.).

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Há, ainda, tubos de diferentes tamanhos e, em alguns deles, uma quantidade obrigatória de sangue que deva ser coletada. Um outro detalhe, que talvez possa passar despercebido nesse momento, é que existe uma sequência pré-determinada para a coleta dos diferentes tubos, e que deve ser rigorosamente seguida pelo técnico.

Cores e ordem de coleta dos tubos

Quando se faz necessária uma coleta múltipla de tubos de sangue, existe uma sequência correta que deve ser respeitada, a fim de garantir a integridade das amostras para a análise laboratorial, sob pena de contaminação cruzada do material e inviabilidade das análises.

Os diferentes tubos de coleta de sangue são utilizados para grupos de testes (ex.: bioquímica, coagulação, hematologia, elementos-traço) e amostras (soro, plasma, sangue total) específicas e, dessa forma, possuem características diversas, seja pela presença (ou não) de aditivos, estabilizantes, anticoagulantes, gel separador ou, até mesmo, da necessidade de centrifugação após a coleta.

Dessa forma, foi convencionada uma cor específica, presente nas tampas e rótulos, para auxiliar os profissionais do laboratório a identificar cada tipo de tubo, sua finalidade e a ordem de coleta pertinente, guiando sua conduta.

Resumidamente, a sequência de coleta e as cores segundo padronizado pelo CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) é:

· Tubo para provas de coagulação, contendo citrato de sódio 3,2% (tampa azul-clara);
· Tubo para VHS (velocidade de hemossedimentação), contendo citrato de sódio 3,2% (tampa preta);
· Tubo para sorologia/bioquímica/drogas terapêuticas, com ou sem gel separador (tampa amarela/vermelha);
· Tubo para bioquímica, contendo heparina, com ou sem gel separador (tampa verde);
· Tubo para exames de hematologia e/ou hemoglobina glicada, contendo EDTA, com ou sem gel separador (tampa roxa);
· Tubo para glicemia ou lactato, contendo fluoreto de sódio/EDTA (tampa cinza).

Caso essa ordem específica de coleta não seja seguida, uma eventual contaminação do sangue com o aditivo presente no tubo anterior pode interferir nas análises, levando a resultados inconsistentes e condutas médicas inapropriadas.

O Tommasi Laboratório conta com uma equipe altamente qualificada, investindo forte e continuamente em treinamentos – como os de coleta de sangue – aos seus colaboradores, de modo a atender a padrões rigorosos de qualidade e excelência, realizando seus serviços de acordo com as normas técnicas estabelecidas e de boas práticas laboratoriais.

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Dr. Pedro Serrão Morales

Médico Patologista Clínico; ​ Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Universidade Federal Fluminense (UFF);​ Membro titular da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML); ​ Responsável Técnico do Laboratório Morales (Grupo Tommasi); ​ Médico Patologista Clínico do Laboratório Central do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF); ​ Editor de Medicina Laboratorial da Afya (Afya Whitebook/Portal Afya); ​ Médico do corpo clínico do Instituto Estadual de Doenças Tórax Ary Parreiras (IETAP SES-RJ).