Pílula anticoncepcional: conheça seus riscos e benefícios
Desde a sua aprovação em 1960 pelo FDA as pílulas anticoncepcionais mudaram o mundo em que vivemos, permitindo a mulher expandir sua autonomia e aos casais planejar melhor suas famílias, mudando assim nossa história, cultura, política e a também nossa economia. Mas sempre veio cercado de dúvidas, medos, mitos e controvérsias sobre seus riscos e benefícios, o que até hoje gera a busca por novas descobertas, novas tecnologias e debates contínuos.
Sem dúvida a pílula anticoncepcional permitiu as mulheres controlarem sua própria fertilidade, promovendo uma grande revolução sexual e contribuindo para emancipação feminina, mas é preciso estarmos atento aos efeitos colaterais e contraindicações. Estima-se que hoje 100 milhões de mulheres usam diariamente contraceptivos hormonais orais, não só para controlar sua fertilidade como também para combater a acne e a endometriose. Ou seja, além do efeito contraceptivo as pílulas possuem outros benefícios a saber:
— Controle do ciclo menstrual;
— Redução de cistos funcionais de ovário;
— Redução da perda sanguínea menstrual e controle de anemias;
— Redução da dismenorreia (cólicas menstruais);
– Controle de acne;
— Redução da endometriose;
— Redução da incidência de Adenocarcinoma de ovário e de endométrio;
– Redução da doença inflamatória pélvica (DIP) e
– Redução de doenças mamarias benignas.
Assim as pílulas se tornaram ao longo do tempo grandes aliadas das mulheres, mas devemos estar atentos aos seus efeitos adversos, tais como:
— Náuseas e vômitos;
— Cefaleia (dor de cabeça) e Enxaqueca;
— Mastalgia;
— Alterações do Humor;
— Tonteira;
— Sangramento intermenstrual;
— Aumento de Varizes
— Risco de tromboembolismo, Acidente Vascular Cerebral e Infarto agudo do Miocárdio, apesar de raros são complicações graves o que torna a prescrição dessas medicações uma exclusividade dos médicos após minuciosa avaliação dos riscos e benefícios.
E na avaliação médica que devemos estar atentos as contraindicações para o uso das pílulas combinadas que são: gravidez; amamentação até 6 semanas de pós-parto; fumantes com mais de 35 anos; hipertensão Arterial moderada e/ou grave; trombose; câncer de mama; cirrose Hepática; Enxaqueca com áurea; tumores Hepáticos e outros que devem ser avaliados cuidadosamente seguindo o que recomenda a Organização Mundial da Saúde no seu Manual de Critérios de Elegibilidade da OMS.
Assim as pesquisas não param de buscar anticoncepcionais mais seguros, que possam dar mais liberdade as mulheres com menos riscos. Pesquisas que já desenvolveram adesivos contraceptivos e anel vaginal, hoje buscam anticoncepcional em forma de gel e até mesmo uma formulação mais ousada que poderia além de evitar a gravidez prolongar a vida do ovário permitindo que a mulher engravide por mais tempo atrasando a menopausa. São ideias que estão em desenvolvimento com pesquisadores e só o futuro nos dirá quando e quais avanços estarão disponíveis para ampla utilização.