Quem ouve bem vive melhor
O ser humano por natureza é sociável. A comunicação interpessoal é de extrema importância para o bem-estar e a eficiência nas atividades de trabalho e lazer.
A comunicação interpessoal e socialização do indivíduo depende diretamente do desenvolvimento da linguagem falada. Para aprender corretamente o som dos fonemas e o sentido das palavras e frases o indivíduo necessita de uma boa função auditiva. Portanto, a audição é imprescindível para o desenvolvimento adequado da linguagem, o que permitirá um bom nível de comunicação do indivíduo.
Ao longo da vida, uma boa audição contribui para boa qualidade de vida em todas as esferas da rotina. A velocidade de comunicação da vida moderna, com informações importantes atualizadas a cada segundo, utilização de dispositivos que nos conectam ao mundo e necessidade de interação com equipamentos tecnológicos, para resolver as questões do dia-a-dia, fazem ainda mais necessário uma boa audição para termos conforto.
Várias são as situações do dia-a-dia que podem levar a doenças do sistema auditivo, sejam hereditárias, provocadas por maus hábitos ou consequências de doenças de outra natureza. Pode também ocorrer uma degeneração da função auditiva em função do ganho de idade, alteração esta denominada presbiacusia. A presbiacusia tem sido cada vez mais frequente, em função do envelhecimento global da população. As pessoas estão vivendo mais e os idosos estão cada vez mais ativos, interagindo com as tecnologias do dia a dia, como computadores, telefones celulares, plataformas de streaming, redes sociais e fones de ouvido.
A reabilitação da função auditiva é muito importante para mantermos o cérebro em atividade e o cognitivo dos idosos ativo, evitando dessa maneira, a progressão de doenças degenerativas e melhorando o prognóstico de atividade e independência das pessoas idosas.
Ao primeiro sinal de diminuição da capacidade auditiva, o médico otorrinolaringologista deve ser consultado, para orientar uma investigação diagnóstica e intervenção de tratamento. Reabilitando a audição, traremos não só conforto para o dia a dia do indivíduo, mas também, evitaremos a progressão de doenças degenerativas do sistema nervoso central, que podem comprometer a independência e as atividades habituais do paciente idoso.
No mundo atual, escutar bem não é somente questão de conforto e sim uma necessidade para uma vida normal, conforto para as atividades de lazer e prevenção de situações de senilidade, que podem comprometer a independência e segurança do indivíduo.