A perda auditiva pode piorar a demência no idoso? Entenda a relação
No último século, várias evoluções da medicina e das políticas de saúde pública contribuíram para o aumento da expectativa de vida da população mundial.
No Brasil, tem ocorrido o envelhecimento progressivo da população, ou seja, um aumento do número de indivíduos com idade avançada, que cada vez mais vive por mais tempo.
Em função da melhoria das condições de saneamento e das técnicas médicas de tratamento das doenças, as pessoas estão chegando à terceira idade mais ativas e independentes.
Há 40 anos, uma pessoa de 50 anos de idade, tinha hábitos de um velhinho e já estava próximo dos tempos de aposentadoria. Hoje em dia, um indivíduo com 50 anos, está no auge da produtividade e tem um dia a dia bastante movimentado.
Temos muitos exemplos de pessoas que já passaram dos 80 anos e ainda mantém uma rotina de produtividade, atividades físicas e de lazer, de maneira totalmente independente, sem a necessidade de apoio de outras pessoas ou de cuidadores.
À medida que as pessoas vivem mais, as doenças crônicas da velhice também aumentam a sua prevalência. Temos visto um aumento progressivo da ocorrência de demência senil, Alzheimer, Parkinson e outras doenças degenerativas do sistema nervoso central, em função do envelhecimento da população.
Muitas pesquisas tem determinado quais fatores poderiam evitar a progressão dessas doenças, e os resultados mostram que o principal fator evitável de prevenção da demência senil é o tratamento da perda auditiva.
Pessoas idosas que passam muito tempo sem reabilitar a perda auditiva diminuem muito o estímulo do cérebro, o que leva a uma rápida atrofia do sistema cognitivo. Em comparação, aqueles indivíduos que tratam a perda auditiva e reabilitam a audição, tem um volume maior de informação estimulando o cérebro e evoluem com menor incidência de demência senil.
Portanto, o tratamento da perda auditiva é de extrema importância para evitar a progressão de doenças degenerativas do sistema nervoso central e de demência na velhice.
Em grande parte das vezes, o tratamento da perda auditiva envolve o uso de aparelho auditivo e algumas pessoas tem muita resistência a utilizá-los.
Atualmente, os aparelhos auditivos são equipamentos extremamente tecnológicos, que ajudam muito no dia dia do paciente, não só no tratamento da perda auditiva mas também na interação com outros equipamentos eletrônicos de comunicação, facilitando muito a vida da pessoa que tem alguma alteração de audição.
Esses dispositivos não são mais considerados aparelhos para pessoas idosas. É muito frequente a necessidade de utilização de aparelhos auditivos por pessoas jovens, e essa utilização ajuda muito na prevenção da degeneração do sistema nervoso na velhice.
Portanto, os jovens que tem alteração auditiva, devem estar atentos a tratá-la cedo, para evitar a progressão da demência senil quando estiverem mais velhos.
A manutenção do estímulo do cérebro, através da audição, é a chave do envelhecimento saudável e da prevenção das doenças degenerativas do sistema nervoso central, como a demência do idoso. Isso já está determinado de maneira muito clara na literatura médica mundial, com pesquisas bastante fundamentadas e resultados claros e evidentes.
Oriente seus amigos e familiares sobre a necessidade de uma boa função auditiva para o envelhecimento saudável.
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