Alimentos ultraprocessados: especialista alerta dos riscos para a saúde
Alimentos ultraprocessados têm se tornado uma presença comum em nossas mesas, mas uma nova pesquisa realizada por cientistas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da USP, revela que esses produtos representam um sério risco para a nossa saúde. O estudo, que analisou dados de quase 10 mil itens de mercados, em São Paulo e Salvador, descobriu que 97,1% dos alimentos ultraprocessados continham excesso de sódio, gordura ou açúcar adicionado.
Além disso, a pesquisa identificou a presença de aditivos químicos em muitos desses produtos, dividindo-os em duas categorias: aditivos cosméticos, que melhoram a aparência e o sabor dos alimentos, e aditivos não cosméticos, como conservantes e estabilizantes. Surpreendentemente, 82,1% dos alimentos ultraprocessados continham pelo menos um aditivo cosmético, aumentando ainda mais os riscos para a saúde.
Os alimentos campeões em termos de teor elevado de sódio, gordura ou açúcar, juntamente com aditivos cosméticos em excesso, foram os biscoitos doces e salgados, bolos e tortas industrializadas, chocolates, bebidas lácteas, sorvetes e margarina. Em outras palavras, muitos dos produtos que frequentemente consumimos podem ser prejudiciais à nossa saúde a longo prazo.
Essas descobertas ressaltam a importância de políticas públicas que ajudem a orientar escolhas alimentares mais saudáveis. É crucial melhorar a comunicação entre as ações legislativas e o consenso científico, para que os consumidores possam fazer escolhas mais conscientes.
Os perigos dos alimentos ultraprocessados são evidentes e requerem uma ação coordenada de autoridades, indústria e consumidores para promover uma alimentação mais saudável e reduzir os riscos à saúde associados a esses produtos.
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