Conexão: será que você realmente se conecta com seu filho?

Psi. Renata Bedran Publicado em: 29/09/2023 às 09:26:51

Muitas vezes pensamos que estamos conectados com a criança só por que passamos a maior parte do tempo com elas. Mas a criança também precisa se sentir conectada.

Eu passo a maior parte do tempo com milha filha (a tarde ela vai para escola). E a gente tem uma boa conexão, mas um dia, quando ela tinha aproximadamente 03 anos, ela estava muito relutante em colaborar, tudo que eu oferecia, ela dizia que não. Me recusou um beijo e um abraço. Foi então que eu decidi refletir e entendi que apesar de estar fisicamente presente nos últimos dois dias, eu estava na verdade era bem ausente.

Minha cabeça estava em outro lugar, estava muito nas redes sociais, e foi naquele momento decidi que não iria insistir para irmos na natação, e sim passar tempo de verdade com minha filha.

Sentamos e brincamos sem interrupção (celular, WhatsApp e etc… ) por uma hora e foi muito especial. Quando a chamei para continuar os afazeres da rotina do dia (banho, almoço e escola), aconteceu de uma forma muito leve. No momento que a convidei para tomar banho, ela logo se levantou e foi para o banheiro e dessa maneira foi também para almoçar e sairmos para a escola.

Nesse dia, me dei conta da diferença entre ficar com os filhos e realmente estar com os filhos. Então, entendi a importância da conexão. Estar conectado é estar disponível afetivamente, realmente presente, sensível e estar disposto a acolher e promover mais oportunidades de fala, praticando a escuta. Enfim, estabelecendo e incentivando aquilo de mais precioso: o fortalecimento do vínculo.

Seu filho se sente seguro, amado, pertencente e importante quando ele se sente conectado com você (a figura de mais apego da criança).
A rotina exaustiva e cronometrada muitas vezes não nos permite a conexão com eles.

Investir tempo em uma criança é investir em seu futuro, promovendo modelos internos de autonomia, resiliência, autoconfiança e habilidades sociais que poderão auxiliar a criança a lidar com suas emoções e a ter comportamentos e atitudes mais seguros e confiantes.