De onde vem o mau hálito?
Ao contrário do que muitos pensam, a principal causa do mau hálito não está em problemas do estômago, mas derivam da decomposição da matéria orgânica, provocada por bactérias da boca. As condições da cavidade bucal estão diretamente associadas a 90% dos casos de halitose, como a presença de saburra lingual, higiene bucal deficiente, alterações salivares, doenças periodontais, lesões de cáries entre outras doenças bucais. Alterações respiratórias e otorrinolaringológicas, como amigdalite aguda, presença de escorrimento nasal posterior e sinusites são responsáveis por 8% dos diagnósticos de halitose e as síndromes metabólicas, alterações renais, hepáticas, endocrinológicas e gastrointestinais compreendem 2% dos casos de halitose.
O exato mecanismo que leva à halitose ainda não está cientificamente claro, visto que não há uma infecção bacteriana específica para a halitose, e sim uma interação entre diferentes espécies bacterianas que produzem compostos como Compostos Sulfurados Voláteis (CSV), diaminas e ácidos graxos de cadeia curta.
A prevalência de halitose na população mundial está entre 22% e 50%, gerando consequências para a vida íntima e profissional das pessoas que apresentam esse problema. Em crianças são escassos os estudos de prevalência e fatores associados à halitose.
A halitose não é considerada uma doença, mas um desequilíbrio no organismo que deve ser identificado e tratado sendo um fator negativo no convívio social, com impacto direto na qualidade de vida. Enquanto o mau hálito matutino a princípio não merece preocupação e é comum, geralmente fruto da diminuição da produção de saliva durante o sono e facilmente é controlado, a doença halitose pode estar associada a diversos fatores tanto bucais como extra bucais.
Para lidar com o problema não deixe de inicialmente procurar um dentista!