Dentadura é coisa do passado?
Difícil encontrar quem nunca ouviu falar de alguém que usa ou já usou uma dentadura. Normalmente o conhecimento nos reporta a uma pessoa idosa que, em alguma época da vida, foi reabilitada com esses aparelhos e estão saudáveis vivendo cada vez mais graças aos avanços e cuidados com a saúde de uma maneira geral. Então a resposta para a pergunta é não. Não porque, se falarmos somente do Brasil, temos um país com cada vez mais idosos devido ao envelhecimento da população e muitos usando esse tipo de aparelho.
Dentadura ou tecnicamente designada de prótese total também pode ser conhecida como “chapa”. É um tipo de aparelho que se destina a substituir artificialmente todos os dentes que não mais estão presentes na cavidade bucal, podendo ser uma prótese total somente superior ou inferior, ou ainda ser utilizadas em conjunto na mesma boca formando um par. São construídas individualmente sob medida para cada cavidade bucal com um tipo de polímero (plástico) conhecido como resina acrílica na qual são fixados dentes artificiais fornecidos pela indústria odontológica sob diferentes formatos, tamanhos e cores.
Engana-se quem pensa que próteses totais são tratamentos inferiores ou de segunda linha. São aparelhos reabilitadores extremamente importantes e indispensáveis para muitos pacientes, não necessariamente idosos, que por motivos diversos, perderam seus dentes naturais e precisam utilizar essas próteses em fase de transição para reabilitações mais complexas como, por exemplo, reabilitações fixas sobre implantes. As próteses totais podem ainda ser consideradas como uma importante opção reabilitadora definitiva em pacientes com limitações de saúde e que não podem passar por procedimentos cirúrgicos como enxertos ósseos e/ou instalação de implantes dentários.
Por outro lado, reabilitar pacientes que utilizaram próteses totais convencionais por muitos anos pode ser um grande desafio técnico devido à perda óssea que pode ter sido acelerada ao ponto de dificultar áreas para a ancoragem de implantes e, sobre eles, instalar próteses fixas. Assim, os pacientes que utilizam próteses totais e apresentam condições sistêmicas de saúde estável, deveriam ser encorajados a fazer sua substituição tão cedo quanto possível afim de minimizar danos às estruturas ósseas ou, no mínimo, um controle rigoroso com um especialista para garantir a manutenção da qualidade de adaptação e integridade desses aparelhos.