Diabetes e problemas sexuais: qual a relação e como tratar?
O diabetes pode afetar e danificar praticamente todos os órgãos do corpo e os órgãos sexuais não estão a salvo desse problema.
Sexo é bom não só para o diabetes mas também para o coração e para o fluxo sanguíneo, ajuda a dormir melhor e melhora o humor.
O açúcar elevado no sangue pode afetar os nervos, os vasos sanguíneos e o fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo, inclusive o pênis. Para homens com diabetes, tanto do tipo 1 quanto tipo 2, a disfunção erétil é uma complicação comum e que diminui muito a qualidade de vida desses pacientes. Felizmente é algo que muitas vezes podemos prevenir, controlar e tratar.
A disfunção erétil (DE) é a incapacidade de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para participar da relação sexual.
Em homens com DE há vários fatores que podem interferir na função dos músculos e na restrição do fluxo sanguíneo. Ela pode, na verdade, ser o resultado de um problema no sistema vascular, endócrino ou nervosa ou também estar relacionada a um medicamento ou a outro problema de saúde. Entre as causas mais comuns de disfunção erétil estão o diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose, insuficiência renal crônica e em alguns tratamentos para câncer de próstata. Homens com diabetes tem 2 a 3 vezes mais risco de desenvolver DE que homens não diabéticos. Pelo menos 50% dos homens diabéticos sofrerão de DE. Além disso, ela pode se desenvolver de 10 a 15 anos mais cedo em um homem com diabetes do que um não diabético, devido ao alto nível de açúcar o sangue que pode afetar os nervos e vasos sanguíneos do pênis.
E como tratar essa DE? Em primeiro lugar é fundamental melhorar os níveis de açúcar no sangue. Não adianta nada iniciar medicação se o diabetes ainda estiver descontrolado. Nenhuma quantidade de Viagra vai realmente ajudar se o corpo continuar a sofrer os danos causados pelos níveis elevados de açúcar no sangue. Ajustar medicamento, nutrição e exercícios para reduzir as taxas elevadas de glicose é sempre a primeira opção.
Existem medicamentos para melhorar as ereções, mas como falado acima, não vão ajudar e o paciente ainda estiver mal controlado do diabetes. Eles atuam aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis quando um homem está sexualmente excitado. Consultar um médico sobre a melhor opção para o caso individual é a melhor forma de determinar o medicamento mais adequado as condições de saúde de um diabético. Para casos mais graves existe a possibilidade de prótese peniana que deve ser avaliado pelo médico especialista sobre a viabilidade do mesmo.
Entender primeiramente a causa do problema antes de decidir sobre o melhor plano de tratamento é o melhor caminho para uma solução mais duradoura e menos arriscada.
Mulheres com diabetes também sofrem com as alterações sexuais provadas pelo mau controle do quadro. Até 35% das mulheres com diabetes têm problemas sexuais como relações sexuais dolorosas e dificuldade para ficarem excitadas. Isso também não significa que elas precisam conviver com eles. Há formas de retomar uma vida sexual normal. AS causas dos problemas sexuais em mulheres não menos claras do que nos homens. Danos nos nervos, diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos vaginal e genital, e mudanças no humor e mudanças hormonais parecem ter um papel importante. Os problemas mais comuns são secura vaginal, infecções vagais de repetição, problemas com desejo sexual e orgasmo. Cerca de 80% das mulheres com diabetes não mencionam questões sexuais com seus médicos. Uma alternativa é buscar um especialista em medicina sexual uma vez que o médio pode identificar as possíveis causas e recomendar tratamento.
Os problemas sexuais em diabéticos, sejam homens ou mulheres, não são nada incomuns. Há diversos tratamentos que podem ser utilizados na busca de uma solução, mas sempre mantendo os níveis de glicemia controlados, prática de exercícios físicos e bom sono. Isso vai ajudar não somente a vida sexual do paciente como sua saúde em geral.