Maternidade: é seguro engravidar após os 40 anos? Entenda
Tem sido cada vez mais comum as mulheres adiarem a maternidade, seja porque desejam investir na carreira ou nos estudos, ou ainda, por não terem encontrado o parceiro ideal.
E, apesar de não haver dúvidas para a medicina de que a fertilidade natural vai diminuindo progressivamente ao longo da vida, e cada vez mais precocemente, as mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde: entre 35 e 40 anos.
Porém, engravidar após os 40 anos é seguro?
Antes de tudo é preciso lembrar que após os 35 anos ocorre uma queda progressiva da fertilidade, sendo essa redução de 95% após os 40 anos, em que ocorre um aumento significativo do risco de malformações genéticas, sendo de cerca de 1/18 após os 43 anos.
Entre as opções que a Reprodução Humana nos oferece para garantir uma gravidez, inclusive mais segura, é que mulheres que chegam aos 35 anos sem perspectivas de se tornarem mães, congelem seus óvulos para que possam engravidar após os 40 anos com óvulos saudáveis, preservando a taxa de fertilidade alta e o menor risco de malformações embrionárias.
Para mulheres que não realizaram congelamento de óvulos e desejam utilizar os próprios óvulos para engravidar após os 40 anos, é indicada a Fertilização In Vitro (FIV) e o estudo genético embrionário pré-implantacional. Neste tratamento, antes de se transferir o embrião para o interior da cavidade uterina, é realizada uma biópsia e as células embrionárias são submetidas a estudo genético, possibilitando triar embriões saudáveis para serem transferidos.
Entretanto, em muitos casos, não é possível obter nenhum embrião saudável para transferência devido à idade. Nestes casos, uma alternativa a essa situação é recorrer a óvulos de uma doadora com idade inferior a 37 anos, e, passar pela FIV.
Em relação à idade máxima para gestar, o recomendado é até 50 anos. Não é vedado engravidar após os 50 anos, porém os riscos devem ser bem avaliados pelo médico assistente e discutidos com a paciente. Mulheres que têm um estilo de vida saudável e não possuem comorbidades, tendem a ter uma gestação com menor taxa de intercorrências, mas é necessário um acompanhamento pré-natal rigoroso para maior segurança da mãe e do bebê.
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