Mounjaro pode substituir bariátrica? Especialistas respondem
O debate sobre se a cirurgia bariátrica pode ser substituída por medicamentos ganha destaque com a recente aprovação do Mounjaro, uma droga para diabetes tipo 2, que agora está sendo usada off label para perda de peso.
Estudos de fase 3 conduzidos pela Eli Lilly, responsável pelo medicamento, mostraram uma impressionante redução média de 26,6% do peso dos participantes em um período de um ano e sete meses, superando outros medicamentos disponíveis no mercado, como o Ozempic e o Wegovy.
O diferencial do Mounjaro reside no seu princípio ativo, que combina a versão sintética do GLP-1 com a imitação da molécula GIP, resultando na tirzepatida, uma substância ainda mais potente para suprimir o apetite. Embora especialistas vejam com otimismo o avanço dessas medicações para tratar a obesidade, eles enfatizam que é cedo para afirmar que as canetas emagrecedoras podem substituir completamente a cirurgia bariátrica.
Além da eficácia, o custo e a necessidade de uso contínuo desses medicamentos são vistos como desafios. A cirurgia bariátrica, por outro lado, atua em nível hormonal e é capaz de proporcionar uma inibição mais duradoura do apetite. Os especialistas sugerem que, em alguns casos, esses medicamentos podem ser utilizados como estratégia complementar à bariátrica, oferecendo mais segurança no processo para pacientes com alto grau de obesidade.
Portanto, enquanto as medicações injetáveis representam uma promissora alternativa, a decisão entre elas e a cirurgia bariátrica ainda depende de uma avaliação individualizada.
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