Nariz vive entupido após covid? Saiba o que fazer
No final de 2019, o mundo conheceu um novo vírus, que se espalhou rapidamente por todos os continentes, e ocasionou uma grande pandemia.
A infecção por COVID-19 provoca, principalmente, alterações patológicas do trato respiratório inferior, levando a uma grave pneumonia, que vitimou multidões por todo o globo terrestre.
As internações por COVID-19 explodiram por todo mundo e várias foram as complicações advindo das dessa doença, dentro e fora do trato respiratório. Diversas foram as vertentes patológicas descritas pelas equipes que estudaram essa nova doenças. Com o passar dos anos, as possibilidades de tratamento foram surgindo e começou a se ter ideia de como conduzir as alterações mais frequentes, quando, então, as taxas de cura foram aumentando.
Com aumento das taxas de cura e a vacinação em massa, o vírus perdeu força e a infecção por COVID-19 passou a ser, na grande maioria das vezes, um quadro infeccioso respiratório leve e habitual. A maioria das pessoas imunocompetentes e vacinadas, atualmente passam pelo quatro de infecção por COVID sem grandes desconfortos, resumindo-se a um quadro de febre, indisposição e dor no corpo, que não dura mais do que uma semana.
Porém, as equipes que estudam o COVID-19 ainda estão descrevendo inúmeras complicações, que ocorrem após a infecção em um quadro denominado de síndrome pós COVID.
Esses quadros podem ocorrer logo após a infecção e tem duração indeterminada em alguns, ou melhora espontânea, após poucos dias ou meses e, em outros, que ainda se apresentam como perenes, sem melhora.
Um desses quadros é a rinite pós COVID, que ocorre com obstrução nasal e sinusites frequentes. Pessoas que tinham função nasal normal e saudável antes da infecção por COVID, passam a ter nariz entupido com frequência, aumento da secreção nasal e sinusites de repetição.
Essa situação compromete em muito a qualidade de vida do paciente, o seu rendimento escolar e do trabalho e também as relações interpessoais, pois altera o sono e o humor da pessoa.
A rinite pós COVID deve ser conduzida por um médico otorrinolaringologista, preferencialmente cirurgião, pois, em grande parte das vezes, pode ser necessário uma intervenção cirúrgica para a resolução completa da situação.
Esse profissional irá fazer uma análise minuciosa da condição de funcionamento nasal e paranasal, realizando um diagnóstico diferencial com síndromes alérgicas, infecciosas, inflamatórias, doenças específicas da mucosa nasal e alterações anatômicos nasais e paranasais.
A experiência clínica no tratamento da síndrome pós COVID com rinite medicamentosa tem mostrado que, muitas vezes, o tratamento clínico não é suficiente para resolução completa do quadro. Em alguns pacientes, terminam por precisar de intervenção cirúrgica, para viabilizar adequada ventilação do seios paranasais, para controle das sinusites e da obstrução nasal, para trazer de volta o funcionamento adequado do nariz e seios da face e resgatar um bom padrão de qualidade de vida para o paciente.
A comunidade científica mundial ainda não entendeu por completo os impactos da COVID 19 no organismo humano e segue estudando as alterações causadas por esse microorganismo, para definir padrões de manifestação da doença, tanto no quadro clínico da infecção, quanto as manifestações que ocorrem após a infecção. Atualmente, o entendimento é que a síndrome pós COVID com rinite medicamentosa deve ser acompanhada pelo otorrinolaringologista e, quando houver falha do tratamento clínico, deve-se considerar a intervenção cirúrgica, que tem mostrado ser uma boa alternativa para resolução completa do casas.
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