Por que não oferecer chupeta para o seu filho(a)?
Além de garantir a amamentação e, consequentemente, a sobrevivência do bebê, a sucção é algo natural ao bebê desde que ele está no útero da mãe, inclusive, muitas ultrassonografias mostram, por exemplo, bebês chupando o dedo.
Além disso, o movimento de sucção também promove a liberação de endorfina, que está diretamente relacionada à sensação de prazer e bem-estar da criança.
O ato de mamar no peito da mãe na maioria dos casos é suficiente para satisfazer o desejo básico de sucção do bebê e, além disso, é muito importante para o desenvolvimento da mandíbula e outros ossos da face, dos músculos da mastigação, da oclusão dentária e da respiração nasal adequada e da deglutição (ato de engolir) da criança.
Porém, é fato que o uso da chupeta, com o intuito de “acalmar o bebê”, vem sendo passado de geração a geração, e se constituiu num hábito cultural. Por outro lado, em alguns casos específicos, a chupeta pode ser benéfica para alguns grupos de crianças:
• Ajuda a antecipar o início da alimentação oral em bebês prematuros;
• Ajuda a reduzir o estresse em bebês durante procedimentos dolorosos (como coletar sangue, por exemplo);
• Ela pode ser utilizada para estimular a sucção em crianças portadoras de doenças neurológicas.
Por outro lado, a chupeta traz alguns malefícios ao crescimento e desenvolvimento normal da criança que precisam ser destacados:
1. Atrapalha o estabelecimento da mamada e induz ao desmame ao ser oferecida nos momentos em que a criança chora;
2. É responsável pela menor duração do aleitamento materno;
3. Aumenta o risco de infecções e parasitoses se não for higienizada adequadamente;
4. Causa problemas de dentição e fala, principalmente se seu uso se prolongar além dos 3 ou 4 anos.
5. Se usadas por longos períodos, alteram o crescimento da face, gerando alterações nos ossos, nos dentes e problemas na mastigação e deglutição.
A verdade é que para “acalmar o bebê” não há nada melhor do que a presença da mãe. E as crenças de que o bebê tem que aprender a se acalmar sozinho e de que o colo vai deixar ele mal acostumado, contribuem para que a criança crie uma “relação afetiva” com a chupeta, pois nesses momentos de estresse e medo é a chupeta que oferece acalento e segurança ao bebê/criança, quando esse deve ser idealmente um papel do seu adulto cuidador.
Por isso cuide, esteja presente, faça carinho, acalente, seja você a fonte de segurança que seu filho precisa!