Tosse que não quer parar? Conheça 4 causas e saiba o que fazer

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Dr. Giulliano Luchi

A tosse crônica é uma condição que pode causar preocupação e incômodo para quem a enfrenta, afetando a qualidade de vida.
Após a aterrorizante pandemia de COVID, uma pessoa tossindo em ambiente fechado pode causar muito desconforto. Mas, a tosse persistente também pode indicar possíveis problemas de saúde subjacentes.

Quando a tosse persiste por mais de algumas semanas, é importante procurar orientação médica para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.

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A tosse frequente, especialmente durante a noite, pode interferir no sono, levando a noites mal dormidas, cansaço diurno, irritabilidade e indisposição para as tarefas diárias, como conversar, trabalhar, praticar exercícios e socializar. Esse impacto pode ser tão significativo e levar a frustração, ansiedade e até depressão, devido à persistência da tosse e suas consequências no dia a dia.

A tosse também pode levar a desconforto físico constante, como dor no peito, irritação na garganta, rouquidão e cansaço devido ao esforço repetitivo dos músculos respiratórios.

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Uma das maiores preocupações relacionadas à tosse persistente são as possíveis causas subjacentes que podem exigir tratamento específico.

Algumas das condições associadas à tosse crônica incluem:

– Doenças respiratórias: asma, bronquite crônica, enfisema, bronquiectasias e outras condições pulmonares podem causar tosse crônica devido à inflamação, obstrução das vias aéreas ou acúmulo de secreções;

– Alergias: a rinopatia ou sinusite alérgicas e outras condições alérgicas podem desencadear tosse crônica devido à resposta inflamatória e hiperreatividade do sistema respiratório a alérgenos.

Refluxo gastroesofágico (RGE): o refluxo ácido do estômago para o esôfago pode causar irritação persistente na garganta e tosse crônica, especialmente quando ocorre durante a noite.

– Medicamentos: certos medicamentos, mais comumente, os utilizados para pressão alta, podem causar tosse como efeito colateral em alguns pacientes. Alguns anti-inflamatórios também podem piorar a condição de refluxo gastro esofágico e manter tosse crônica.

Diante de uma tosse crônica persistente, é fundamental procurar avaliação médica para identificar a causa do problema. O médico poderá realizar uma avaliação criteriosa e global, incluindo histórico clínico, exame físico e, se necessário, solicitar exames complementares, podendo incluir exames de sangue, de imagem, testes de função pulmonar, endoscopia, videolaringoscopia, entre outros, dependendo da suspeita diagnóstica.

É muito importante relatar ao médico a duração da tosse, outros sintomas associados, fatores desencadeantes e se houve alguma tentativa de tratamento prévio.

O tratamento da tosse crônica deve sempre abordar a causa base do sintoma, podendo incluir tratamento medicamentoso, para condições como asma, bronquite crônica, refluxo gastroesofágico e alergias, modificações no estilo de vida, como parar de fumar, evitar irritantes ambientais, perder peso (se necessário), ajustar a dieta para minimizar o refluxo, entre outras medidas.

Em alguns casos, a fisioterapia respiratória pode ser útil para melhorar a função pulmonar e reduzir a tosse, especialmente em condições como bronquiectasias. No caso de pacientes alérgicos, poderá ser recomendado antialérgicos, corticosteroides nasais ou imunoterapia alérgica.

Alguns cuidados no dia a dia também podem contribuir, como boa hidratação, para ajudar manter as mucosas das vias respiratórias úmidas, o que pode aliviar a irritação e reduzir a tosse, evitar fumaça de cigarro, poluentes ambientais, produtos químicos irritantes e alérgenos conhecidos.

Em ambientes muito secos, o uso de um umidificador de ar pode ser útil para manter a umidade adequada nas vias respiratórias.
Para pessoas com refluxo gastroesofágico, elevar a cabeceira da cama também pode ajudar a reduzir a tosse noturna.

Após iniciar o tratamento, é importante manter um acompanhamento regular com o médico para avaliar a resposta, fazer ajustes se necessário e monitorar a evolução da condição subjacente.

Adotar medidas preventivas pode ajudar a reduzir a recorrência da tosse crônica inclui manter um estilo de vida saudável, evitar exposição a irritantes ambientais, seguir as orientações médicas quanto ao uso de medicamentos e realizar exames de rotina para monitorar a saúde respiratória.

www.otoclinicaluchi.com.br

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Dr. Giulliano Luchi

Médico. Mestre e Doutor em Otorrinolaringologia. Professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Membro internacional da Academia Americana de Otorrinolaringologia. MBA em gestão de negócios em Saúde. Formação em Mentoring, Coaching e Advice. @otoclinica_giulliano_luchi