As empresas começam a retornar as atividades com novos protocolos de saúde e segurança e muitas alterações na forma como atuam com seus colaboradores.
Dentre as várias modificações na relação de trabalho, os cuidados para além da saúde física estão tomando espaços cada vez maiores. Algumas empresas pensam em forma de ser apoio em relação aos colaboradores que vivem situações de violência doméstica, perda da rede de apoio aos filhos, aumento no uso de drogas ilícitas e fragilidade emocional.
Embora os problemas não sejam novos, eram pontuais e tratados conforme ocorriam. A pandemia ampliou ou externou a questão e acelerou a necessidade de as empresas pensarem como devem agir nessas situações. Com mais casos ficou evidente também a relação com a produtividade e em alguns casos até afastamento laboral do colaborador.
Em algumas organizações, a construção de comitês de diversidade, grupos de apoio, protocolos e programas voltados a esses temas ganhou relevância. Assuntos que antes eram tratados de maneira quase sigilosa pelo RH, já que no Brasil alguns ainda são tratados como tabu, estão agora nas pautas dos comitês de gestão das empresas.
Ampliaram a questão interseccional e as questões tradicionais da diversidade tais como; as mulheres no mercado de trabalho, inclusão étnico-racial, comunidade LGBTI+ e pessoas com deficiência, também abraçaram outros grupos afetados durante a pandemia.
Foram criadas ações para tratar as questões que envolvem este grupo, mas que ganharam mais relevância, as mulheres por exemplo que já eram impactadas no mercado de trabalho agora ainda sofrem o aumento da violência doméstica e falta da rede de apoio já que no Brasil é comum que os avós apoiem no cuidado com as crianças, além da perda da produtividade em home office.
A maior parte das pessoas com deficiência não tiveram seus ambientes de trabalho adaptados e o grupo considerado de risco está perdendo oportunidades de trabalho por não poderem atuar até que tudo seja controlado.
Falamos cada vez mais sobre as empresas com propósito e do papel que elas possuem na sociedade e percebemos neste momento mais um desafio. Além das transformações para que se mantenham competitivas, inovadoras e rentáveis, que repensem também os modelos de inclusão pois a sociedade está cada vez mais diversificada e estas pautas cada vez mais urgentes.
Empresas são formadas por pessoas, pessoas são diferentes. Saem na frente as empresas que contribuem com a inclusão dessas. Empresas que investem em diversidade recebem em troca comprometimento e engajamento dos colaboradores e reconhecimento da sociedade que esperam cada vez mais posicionamento.
Parabéns Roberta.
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