Tenho falado muito sobre a tendência interessante que tem se manifestado nos últimos anos, a desaceleração de carreira. Estamos reequilibrando os valores pessoais e reconsiderando os financeiros. Parte desse movimento acontece em resposta a geração que entrou na ideia de “morar” em startups milionárias ou na filosofia de ‘trabalhar enquanto os outros dormem’ e que agora dormem a base de medicação.
Sim, a ideia parecia muito boa; vamos acelerar ao máximo e curtir antes dos nossos pais que deixaram para curtir após os 60 anos.
Não funcionou tão bem, a ideia de ter uma carreira consolidada, estabilidade financeira e casa própria aos 35 trouxe junto uma série de frustrações e alguns diagnósticos de doenças psicossomáticas.
Este grupo lidou com grandes crises financeiras, uma pandemia global e uma revolução digital sem precedentes, o que gerou uma capilaridade de escolhas que despertou mais ansiedade que satisfação.
Neste mundo cada vez mais ansioso, não linear e quase incompreensível amplia-se o número de pessoas com esgotamento físico e mental, e se refletiu nas organizações, que passaram a fornecer além de plano de saúde, projetos de saúde mental em uma tentativa de manter produtiva a equipe. Enquanto buscam as respostas mais adequadas para este novo momento; Vamos trabalhar 04 dias por semana? Home office funciona para tudo? Salário financeiro ou emocional?
Ao mesmo tempo a nova geração chega questionando tudo que vemos e as respostas que ainda não temos. Provocando a necessidade de sermos mais velozes em relação a carreira e pacientes em relação as entregas deles.
O movimento de pausa e reflexão, reflete não apenas uma busca por equilíbrio e realização pessoal, mas também um chamado para que as organizações repensem suas estratégias de suporte e desenvolvimento de talentos em meio a um cenário desafiador e exigente. E o nascimento de uma nova preocupação, tão grande quanto o apagão de talentos. O apagão de líderes.
Eu costumo dizer que onde não existe linearidade a inteligência de contexto e a adaptabilidade ganham espaço.
Maravilhoso artigo, Roberta! O conteúdo é muito real e até preocupante. Ele nos convida a uma reflexão, tanto como indivíduos quanto como profissionais. Parabéns pelo excelente trabalho!
Excelente leitura e análise do cenário atual! E que tema de grande relevância para ser colocado em pauta. Parabéns!!
Equilíbrio, autoconhecimento, maturidade e respeito por si próprio e pelo próximo podem ser as respostas que todos procuram. Entre ter o resultado que as empresas precisam gerar e os resultados possíveis de serem entregues pelas equipes está um difícil paradoxo.
Roberta como sempre dando um show! Parabéns
Ótimo conteúdo. É muito importante manter o equilíbrio.
Obrigada Roberta por transmitir conhecimento para nós.
Ou o cidadão acorda e viva a vida que é bela ou passa pela vida.