O termo causa espanto para alguns que sempre entenderam o modelo de cadeia de comando e controle como padrão. Neste modelo, “manda quem pode…” Sim! O padrão “Chefia” é tão conhecido que completamos a frase sem questionamentos. Mas o modelo de cadeia de comando e controle mudou.
O modelo caiu em desuso para dar espaço à liderança servidora, onde o líder atua como um provocador para que o time se sinta mais seguro em contribuir, construindo um espaço mais autônomo, que são as organizações autorreguladas.
Mas o que realmente significa ser um líder servidor?
A liderança servidora é a compreensão da necessidade mais básica do ser humano: pertencer. Mais simples do que imaginamos, trata-se de promover um ambiente onde todos se sintam valorizados e motivados a dar o seu melhor.
Ao contrário do modelo tradicional de liderança, o líder servidor foca em servir sua equipe, facilitando seu crescimento e sucesso.
E se o foco é o OUTRO, um dos pilares dessa abordagem é a escuta ativa, o que, considerando a rotina de um líder, pode ser um desafio de agendas. No entanto, esta, talvez, seja a agenda mais importante deste líder: tempo para ouvir seus colaboradores, compreendendo suas necessidades e desejos.
Isso não apenas fortalece os laços de confiança, mas também abre portas para soluções inovadoras, já que cada membro da equipe se sente encorajado a compartilhar suas ideias.
Junto com a escuta, temos a empatia, pois, como costumo dizer, a empatia é fruto da curiosidade, de ouvir o que não é dito. Colocar-se no lugar do outro, entender suas dificuldades e reconhecer seus esforços são atitudes que humanizam a liderança. Quando os colaboradores sentem que seu líder se importa genuinamente com eles, a motivação e o comprometimento surgem naturalmente.
Seguindo esta sequência, criamos espaço para confiança, que permite a descentralização do poder. O líder servidor não teme compartilhar responsabilidades e dar autonomia à equipe. Essa confiança delegada estimula a proatividade e o senso de propriedade.
Tenhamos clareza que ser um líder servidor não significa abrir mão da autoridade ou deixar de tomar decisões difíceis. Trata-se de equilibrar a firmeza com a gentileza, orientando a equipe com clareza e apoio constante.
Os benefícios dessa abordagem são inúmeros, em um mundo onde o capital humano é o maior diferencial competitivo. Investir na liderança servidora é uma estratégia inteligente e eficaz.
Se você deseja implementar esse modelo na sua empresa, comece avaliando sua própria postura como líder. Pergunte-se: estou ouvindo minha equipe? Estou demonstrando empatia? Estou disposto a compartilhar poder e responsabilidades? Pequenos ajustes na sua abordagem podem gerar grandes mudanças na dinâmica do seu time.
A liderança servidora não é apenas uma tendência passageira, mas um movimento que está moldando o futuro do trabalho.
Liderar servindo é uma jornada de crescimento mútuo. E não se engane, o resultado vem de uma boa gestão de pessoas, portanto, seja forte e gentil. Forte para enfrentar os desafios e gentil com os que aceitam lutar com você.