Hoje celebramos mundialmente o dia do empreendedorismo feminino, que além de reconhecer tem como objetivo chamar a atenção para os desafios e barreiras enfrentados por mulheres no mundo empresarial.
Atualmente 46% dos negócios são fundados ou direcionados por mulheres, o que transforma o empreendedorismo em uma força transformadora que traz um olhar mais cooperativo, com capitalismo mais consciente, além de ser mais empático e criativo.
Mas nem tudo são flores na vida das mulheres que abraçam a carreira do empreendedorismo feminismo, o julgamento, as resistências e a falta de apoio seguem apagando o brilho de muitas empreendedoras.
Um dos principais é o acesso ao financiamento. Mulheres empreendedoras frequentemente encontram barreiras para obter crédito ou atrair investidores, um problema que reflete preconceitos estruturais e a subestimação de seu potencial. Além disso, o acúmulo de papéis – sendo empresárias, mães, cuidadoras e gestoras do lar – continua a ser uma realidade que dificulta a dedicação plena aos negócios. Outro desafio é o preconceito enfrentado no dia a dia empresarial. Muitas mulheres ainda precisam provar constantemente sua competência, seja em reuniões, negociações ou em interações com parceiros, enfrentando um machismo estrutural que não deveria mais ter espaço.
Há também a questão da falta de representatividade feminina em setores de destaque ou em posições de liderança. A ausência de exemplos pode desmotivar outras mulheres a acreditarem em seu potencial de empreender, perpetuando um ciclo que limita avanços em igualdade de gênero no mercado.
E o pior de todos, talvez mais doloroso: o julgamento.
Somos diariamente julgadas por homens e principalmente por mulheres que não respeitam a escolha de quem se sente feliz empreendendo.
Somos chamadas de egoístas, criticadas pelos familiares, julgadas pelos maridos, afastadas pelas “amigas”.
E talvez seja ainda mais doloroso vindo do ambiente que deveria ser de confiança e apoio.
Precisamos compreender que o empreendedorismo feminino vai muito além de um movimento econômico; é um ato de transformação e resistência. Cada mulher que empreende abre espaço para que outras também se sintam capazes de fazê-lo, criando um legado de força e inovação. Seja liderando uma pequena loja virtual ou uma startup revolucionária, essas mulheres estão moldando um futuro mais diverso e promissor. O desafio agora é garantir que esse caminho seja mais acessível e que o impacto do empreendedorismo feminino seja cada vez mais reconhecido e celebrado. Afinal, todos podemos – e devemos – fazer parte dessa mudança. O que você pode fazer hoje para apoiar essa revolução?