Arte
O retrato de Dorian Gray ou o artista como místico
Oscar Wilde tem um saber singular, quando escreve que o artista é criador de coisas belas (que nem sempre o são), e é capaz de transbordar a vida, ao revelar a arte e não o artista como mera representação de si. Nesta pintura vemos o olho, a estrela, a face com ossos e músculos e um vestígio de corpo em contraste complementar. É uma pintura sobre o tema da criação e do cosmos, quando uma vida perdura, deixando os ossos à mostra, evocando um arquétipo da alma e da experiência, do que fomos, ou o que seremos, do passado e futuro.