Educação
Em situação formal, que se empreguem palavras formais. Em situação informal, que se usem vocábulos informais. A título de exemplo, destacam-se aqui os termos “paupérrimo” e “pobríssimo”. Para caracterizar uma pessoa muito pobre, eles devem aparecer em textos diferentes: o primeiro (paupérrimo) em discurso formal; o segundo (pobríssimo) em discurso informal.
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Em alguns manuais, cita-se a expressão “repetir de novo” como exemplo de pleonasmo (repetição desnecessária). Isso é um equívoco. Que se imagine a seguinte situação: O professor dá aulas em três turnos – Manhã: O professor explica o conteúdo. Tarde: O professor repete a explicação. Noite: O professor repete de novo essa explicação.
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Palavra composta, “ar-condicionado” sempre se escreve com hífen para indicar o “aparelho”. Quando houver mais de um aparelho, haverá “ares-condicionados”, com os dois termos no plural. Sem hífen, “ar condicionado” tem a ver com o “próprio ar”. Em vez de dizer “ares-condicionados”, pode-se empregar também “condicionadores de ar”.
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A inclusão (ou não) da letra “s” pode mudar o sentido de palavras, como ocorre com os vocábulos “costas” e “costa”. Pessoas não sentem dores na costa; elas sentem dores nas costas. Sempre com “s” final, “costas” refere-se a uma “parte do corpo humano”. Sem “s” final, “costa” diz respeito à “parte litorânea de um […]
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Com o passar dos anos, alguns homens e mulheres tingem os cabelos de “acaju”. Eles querem ficar com os cabelos “castanho-avermelhados”. Eles ficam parecidos com a cor da madeira do mogno. Observe-se que se escreve “acaju”, com a sílaba “a”. Assim, não se pintam os cabelos de “caju”. Sem a sílaba “a”, caju nomeia o […]
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O emprego das letras “x” e “s” provoca dúvidas, especialmente em palavras em que elas têm o mesmo som. Para exemplificar, citam-se as palavras “expiar” e “espiar”. Esta (espiar) tem do sentido de “vigiar ocultamente, espionar”. Aquela (expiar) quer dizer “sofrer, livrar-se de crimes e faltas mediante a penitência”.
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Geralmente, depois da sílaba “me”, usa-se “x”. Como exemplo, vale citar as palavras “mexerica” e “mexilhão”. Apesar dessa informação, há exceção, como “mecha”, com a vogal “e” aberta (/é/). Vale lembrar que “mecha” quer dizer “feixe de cabelos”. Com “x” e com a vogal “e” fechada (/ê/), “mexa” é flexão do verbo mexer (que eu […]
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Com a letra “z” em “mezinha”, acredita-se que essa letra foi empregada incorretamente. Na verdade, não houve erro. “Mezinha” quer dizer “medicamento, caseiro”. Existe ainda o verbo “mezinhar”, o qual tem o sentido de “tratar com mezinha”. Quanto à grafia do diminutivo de mesa, ela sempre será com “s” (mesinha).
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Alguns desvios da norma culta passam despercebidos (não notados) no dia a dia, independentemente do nível de escolaridade das pessoas. Um deles tem a ver com a palavra “cônjuge”. Mesmo que se refira à esposa de “fulano”, que se diga sempre “o cônjuge” (e não “a cônjuge”). Vale dizer que não existe a forma variante […]
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Inicialmente, dá-se a impressão de que o vocábulo “maça” está grafado incorretamente. Isso porque falta o “til”. Nesse caso, não há erro. “Maça” significa “clava, arma em forma de bastão” (Exemplo: Durante os ataques, antigos guerreiros empunhavam maças.). Como se sabe, com “til”, “maçã” refere-se ao “fruto da macieira”.
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A palavra “feio” pode induzir a este erro ortográfico: enfeiar. Não existe “enfeiar” em língua portuguesa, com a sílaba “fei”. Com o sentido de “ficar feio”, escreve-se “enfear”, com a sílaba “fe”. Apesar disso, usa-se “fei” em algumas flexões desse verbo: enfeio, enfeia, enfeiam, enfeie e enfeiem.
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O termo “bege” vem do francês “beige”. Com o aportuguesamento dessa palavra, perdeu-se o “i”. Por esse motivo, escreve-se “bege”, com “g”, e não com “j”. Outra informação importante acerca de “bege” tem a ver com sua flexão de número. Como adjetivo, trata-se de uma palavra invariável (Exemplo: Bianca comprou dois sapatos bege.).
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O vocábulo “imprimido” causa estranheza em usuários da língua portuguesa. Não há motivo para esse estranhamento. Emprega-se “imprimido” após os verbos “ter” e “haver” (Exemplo: A gráfica já tinha imprimido os livros da autora.). Já “impresso” usa-se depois dos verbos “ser” e “estar” (Exemplo: Os livros da autora já foram impressos.).
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Geralmente, depois do cadastro de uma senha, aparece a seguinte mensagem: “Senha cadastrada com sucesso”. A expressão “com sucesso” é desnecessária. Se o cadastro aconteceu, ele aconteceu com sucesso. Trata-se de um exemplo de prolixidade. Esse vício de linguagem consiste no “uso de palavras e expressões desnecessárias”.