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Estrangeiro é agredido em bloco de Carnaval no Rio após exibir tatuagens com símbolos nazistas

O homem exibia dois símbolos de suástica, a sigla SS, utilizada pela polícia do regime nazista, e um Sol negro, emblema associado à ideologia nazista

Estrangeiro é agredido em bloco de Carnaval no Rio após exibir tatuagens com símbolos nazistas

Um homem estrangeiro foi agredido nesta segunda-feira (3) por foliões durante um bloco de Carnaval no Centro do Rio de Janeiro, após suas tatuagens com símbolos nazistas serem notadas pelos participantes.

Testemunhas relataram que o homem, cuja nacionalidade ainda não foi confirmada, exibia em seu corpo dois símbolos de suástica, a sigla SS, utilizada pela polícia do regime nazista, e um Sol negro, emblema frequentemente associado à ideologia de Adolf Hitler.

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O incidente ocorreu durante o bloco “Marimbondo Não Respeita”, que acontecia na Avenida Franklin Roosevelt, onde os foliões se reuniam para as festividades de Carnaval. Durante a concentração, as tatuagens do homem começaram a causar desconforto entre os participantes, que reconheceram os símbolos nazistas.

“Fui até ele e disse que não era bem-vindo no bloco. Ele respondeu que não era nazista, mas a tensão já estava no ar”, contou um folião que preferiu não se identificar. A situação logo escalou, resultando em uma briga, e, segundo testemunhas, o homem tinha uma suástica tatuada na nuca e outra na testa, além da sigla SS visível em seu rosto.

A sigla representa o Schutzstaffel, a organização paramilitar que operava sob o comando de Hitler e do Partido Nazista. Outro símbolo visível era o Sol negro, que combina três símbolos ligados à ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, associada às antigas tribos germânicas.

O Sol negro, composto por dois círculos concêntricos e linhas que se estendem do círculo interno para o externo, possui uma conotação histórica vinculada ao regime nazista. Embora presente em diversas culturas, sua apropriação pelo regime de Hitler buscava estabelecer uma conexão com os vikings antigos, reforçando a ideia de uma herança “racial” nórdica.

Após o tumulto, os foliões pediram que o estrangeiro fosse retirado do bloco, e ele foi removido do local. A Polícia Militar foi chamada, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada. A Secretaria Municipal de Saúde também foi consultada, mas, sem a identificação do homem, não foi possível confirmar se ele recebeu atendimento médico em alguma unidade de emergência.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda Repórter
Repórter
Jornalista pelo Centro Universitário Faesa e repórter de SEO do Folha Vitória.