Carnaval de Vitória

Novo Império fará viagem no tempo para retratar a boemia de Vitória

Desfile da escola de samba de Caratoíra vai destacar marcos históricos para a cultura da Capital entre o fim da década de 1920 e 1950

Carnaval de Vitória - Novo Império - Ensaio técnico
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A Novo Império promete um desfile grandioso para retratar a noite e a boemia do Centro de Vitória. A escola de samba do bairro Caratoíra, na Capital capixaba, terá as voltas do Saldanha, da Capixaba e da sua comunidade como ambiente para o desfile deste Carnaval de Vitória 2025.

No enredo “Às voltas que a vida dá”, o carnavalesco Osvaldo Garcia propõe uma viagem no tempo pelo Centro de Vitória. O desfile da azul, branco e rosa vai destacar marcos históricos para a cultura da região entre o fim da década de 1920 e a década de 1950, quando a agremiação foi fundada.

O enredo é um recorte temporal. A comissão de frente traz o bar, a ideia do malandro vivendo sua essência. Logo em seguida, a gente traz as baianas, com o nosso fio condutor que é a noite, porque quem conta essa história é a noite. Meu desafio é entregar para o imperiano o gigantismo que a comunidade tem. O público pode esperar uma Novo Império com uma nova roupagem e arrumada para o título, frisou.

Com 1.500 componentes, divididos em 21 alas, quatro tripés e três alegorias, a escola de samba será a quinta a desfilar pelo grupo especial, no sábado, 22 de fevereiro.

Segundo Osvaldo, o enredo será cheio de emoções. O carnavalesco adiantou que terá homenagens e surpresas até mesmo para os componentes da escola.

Videocast • Carnaval no Folha Vitória

O Folha Vitória realizou uma série de videocasts com as escolas de samba do grupo especial. Confira a entrevista completa com Osvaldo Garcia abaixo:

Samba-enredo da Novo Império 2025

O sol adormeceu no horizonte
Viu a lua então minguante com seu brilho despertar
Um céu de estrelas cobre a avenida
Oh! Caratoíra… Vou te reencontrar!
*Quero* te levar ao firmamento
E fazer voltar o tempo, alinhado à tal roupagem
Em cada curva, o concreto cobre a areia
Do casebre à poeira, modelar toda cidade
É a Belle Epoqué de uma ilha tropical
E os delírios no cenário cultural

Pelos bares e cafés passear no boulevard
No cassino busque a sorte, a roleta vai girar!
Nos salões da fantasia, pierrot e colombina
Tantas voltas que o destino dá!

Labuta que move a engrenagem
E ganha refúgio à beira do cais
Nas ruas a saudar a malandragem
De volta pra casa lampejos de paz
Na mesa a bebemorar
Tristeza vai pra não voltar!
Dama do prazer… Se é proibido, é desejado!
Mas amar não é pecado
Boêmio também tem um coração

Sou a noite que ilumina o sambista imperiano
E te ver a cada ano traz de volta essa emoção
Celeiro de bamba, no templo do samba
Na maior satisfação

Carol Poleze, repórter do Folha Vitória
Carol Poleze Repórter
Repórter
Graduada em Jornalismo e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).