Carnaval

Paraíso do Tuiuti revela enredo com vertente afro-cubana para o Carnaval 2026

O enredo “Lonã Ifá Lukumi” será desenvolvido por Jack Vasconcelos e resgata tradição religiosa redescoberta no Brasil

Foto: Reprodução/ Instagram @paraisodotuiutioficial
Foto: Reprodução/ Instagram @paraisodotuiutioficial

A Paraíso do Tuiuti foi a primeira escola de samba do grupo especial do Rio de Janeiro a divulgar seu enredo para o Carnaval 2026. A agremiação apresentará o tema “Lonã Ifá Lukumi”, que contará a história de uma vertente religiosa afro-cubana em processo de redescoberta no Brasil.

O desfile será desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, que permanece na escola após o carnaval de 2025, quando o Tuiuti levou para a avenida um enredo sobre Xica Manicongo, a primeira mulher trans do Brasil, e terminou em 10º lugar na classificação geral.

Enredo da Tuiuti exalta tradição religiosa afro-cubana

A proposta do enredo “Lonã Ifá Lukumi” é dar visibilidade a uma linhagem espiritual de matriz africana que se enraizou em Cuba e agora ganha espaço no Brasil. A Tuiuti promete um desfile de forte carga simbólica, com elementos da religiosidade, ancestralidade e resistência negra.

A escola ainda não divulgou a sinopse oficial nem a logomarca do enredo, mas já confirmou que esses materiais devem ser apresentados ao público no próximo mês.

Nos últimos anos, a Paraíso do Tuiuti se destacou por enredos históricos e sociais, como o famoso “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?” (2018), que rendeu o vice-campeonato à escola.

Em 2025, a escola de samba levou para a Marquês de Sapucaí um enredo sobre Xica Manicongo, a primeira mulher trans do Brasil, e terminou em 10º lugar na classificação geral.

O que é o Ifá Lukumi?

O Ifá Lukumi é um sistema religioso afro-cubano que tem origem na diáspora iorubá. Mistura elementos do Candomblé, da Santería e do culto a Orunmilá (ou Ifá), guiado por sacerdotes e babalaôs. No Brasil, esse sistema vem ganhando reconhecimento, especialmente em comunidades religiosas interessadas na preservação de tradições africanas autênticas.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros

Produtor web

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.