A Rosas de Ouro, escola que neste ano sobe para o grupo de acesso A, vai abrir os desfiles das escolas de samba do Carnaval de Vitória na sexta-feira, 21 de fevereiro.
A agremiação vai levar para o Sambão do Povo o enredo “No horizonte eu te vejo Casarão”, que vai abordar a história do Casarão de Carapina e a colonização na Serra.
A ideia do enredo é apresentar como era a região histórica, que hoje se tornou ruínas, no período da colonização. O desfile da azul e branco serrana vai resgatar personalidades importantes que passaram pelo local, como José de Anchieta e Araraboia.
Com 800 componentes, dois carros alegóricos e três tripés, o desfile vai levar os foliões para um período-chave na história do Espírito Santo, como explica o carnavalesco da Rosas de Ouro, Marcelo Braga.
“Vamos retratar o Casarão, a Igreja de São João Batista de Carapina, marcos que fazem parte do sítio histórico. A gente quer trazer, durante todo o desfile, situações estratégicas que aconteceram durante essas construções e que marcaram a história“, disse.
O carnavalesco ainda prometeu surpresas na avenida e disse que a escola vai entrar com garra para permanecer no grupo A.
Segundo Marcelo, o nome para o enredo faz alusão à paisagem que é vista do Casarão de Carapina, que fica em uma região mais alta que possibilita um ângulo amplo da cidade.
Samba-enredo da Rosas de Ouro 2025
Compositores: Roberth Melodia, Rafael Mikaia, Fernando Brito, Xandinho Nocera e Sylvio Poesia
Abriu-se a porta do casarão!
Sai pra lá assombração… Que a história eu vou contar!
São João Batista é testemunha, guarda e protege esse lugar
No horizonte em meio a campina batizada “Carapina”
Conta história verdadeira
De além-mar chegou, o que aconteceu
Catequizaram e levaram o que é meu
A canoa vai virar, auê, auê!
É o guerreiro Araribóia destinado a vencer
Rosto pintado, arco e flecha em sua mão
Vale tudo em defesa desse chão
Quando a pela preta aqui chegou
A batida do povo ecoou, e o tal tupiniquim?
Viu enriquecer a região
Com a miscigenação se tornou tupi-benin
É o braço forte do engenho!
Que faz brotar do solo a riqueza
Tão bela a casa dos frades
Brilha os olhos da princesa
São lendas, riquezas perdidas
Ruínas que guardam segredos
Oh casarão, no horizonte
Ainda te vejo
Quem é ela que perfuma a passarela
Descendo a Serra, é o meu tesouro!
A flor mais bela a estampar um pavilhão
Meu grande amor, Rosas de Ouro!