Estados da região Sudeste do Brasil, como Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, têm registrado dias de muito calor nesta semana. As altas temperaturas possuem relação com o fenômeno “aquecimento adiabático”.
Segundo o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), as três maiores temperaturas no Brasil foram: 38,9 °C em Niterói, no Rio de Janeiro; 38,6 °C em Alegre, no Sul do Espírito Santo e 38,4 °C Cambuci e Silva Jardim, no Rio de Janeiro. Vitória, capital capixaba, chegou a bater recorde de calor nesta segunda-feira (20), que foi o dia mais quente do ano, com 35,7 °C de temperatura.
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Mas afinal, por que está tão calor? Veja as 3 razões
O Climatempo esclarece que o aumento da temperatura na Região Sudeste não tem a ver com a onda de calor que elevou muito a temperatura em parte da Região Sul e de Mato Grosso do Sul.
O calor do Sudeste neste início de semana é uma combinação de três fatores:
- a diminuição da nebulosidade e da chuva, permitindo que o sol ficasse forte por muitas horas consecutivas;
- ausência de ventos frios de origem polar;
- particularmente nesta segunda-feira, 20 de janeiro, ocorreu o acréscimo de calor por causa dos que os meteorologistas chamam de aquecimento adiabático.
O que é o aquecimento adiabático?
Ainda segundo a empresa, o aquecimento adiabático é um processo natural associado com a presença de montanhas. Pode ocorrer em qualquer época do ano.
“O aumento de temperatura acontece quando a direção dos ventos força a descida do ar montanha abaixo. Neste trajeto, o ar aquece mais ou menos 1°C a cada 100 metros”, destaca o Climatempo.
O aquecimento é típico no litoral de São Paulo, quando sopra o vento de noroeste, antes da chegada de uma frente fria, por exemplo. “O ar que desce a Serra do Mar, impulsionado por este vento de noroeste, vai aquecer cerca de 1°C a cada 100 metros”.
Esse aquecimento também é especialmente intenso em situações pré-frontais, acontecendo antes da chegada de uma frente fria. “Nessa segunda-feira, o vento das direções norte/noroeste se intensificou e predominou em quase todo o Sul e Sudeste por causa da formação de uma frente fria associada a um ciclone extratropical no Sul do Brasil”, lembrou a Climatempo.