Quantas mulheres já se sentiram assim, sobrecarregadas, tentando ser a Mulher-Maravilha que dá conta de tudo?

A exaustão tem sido um dos principais desafios das mulheres no mercado de trabalho e também motivos mais frequentes pelo me procuram na Mentoria Acelera Mulheres.

Elas estão emocionalmente desgastadas e com dificuldade em se desenvolver na carreira mantendo uma boa qualidade de vida. Mas, por que será que insistimos tanto em carregar o mundo nos ombros, tentando ser essa figura incansável?

Mulheres se sentem mais exaustas que homens

Dados recentes da consultoria McKinsey revelam que, em média, as mulheres são mais propensas do que os homens a se sentirem esgotadas.

Segundo o relatório “Women in the Workplace” da McKinsey, cerca de 42% das mulheres relataram enfrentar altos níveis de burnout, em comparação a 35% dos homens, sendo as mulheres em cargos de liderança e com dupla jornada as mais afetadas. Essa sobrecarga acontece, em parte, devido às expectativas da mulher de assumir mais responsabilidades no trabalho e em casa, o que a faz assumir uma carga muito grande de responsabilidades.

A cobrança interna, somada aos padrões sociais que incentivam a mulher a desempenhar múltiplos papéis, tem criado um cenário de constante desgaste. Levando muitas mulheres a sentirem que precisam “dar conta de tudo”, ignorando seus próprios limites para provar seu valor, e é exatamente esse fenômeno que contribui para uma carga emocional mais intensa.

A pressão pela excelência em todas as áreas da vida gera consequências diretas, impactando o equilíbrio emocional, a saúde física e a satisfação pessoal. Ironicamente, essa urgência em se sair bem na carreira é o principal fator que prejudica o seu desenvolvimento.

Quando olhamos para as mulheres, exaustão está diretamente ligada aos desafios enfrentados no crescimento profissional.

A autocobrança pela perfeição e a dificuldade em estabelecer limites se tornam obstáculos para que elas avancem em suas carreiras de forma saudável. Como resultado, a capacidade de inovar, liderar e se desenvolver fica comprometida, deixando muitas mulheres emocionalmente desgastadas e com dificuldades de harmonizar seus papéis. É fundamental reconhecer essa carga para quebrar o ciclo e buscar alternativas que resgatem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A ilusão da mulher incansável

A imagem da mulher incansável, sempre disposta a resolver qualquer desafio, é uma narrativa que está enraizada na sociedade e no imaginário coletivo por conta da nossa socidade.

A “Mulher-Maravilha” é um modelo dessa figura mítica de alguém que se sacrifica por todos, sem descanso ou tempo para si mesma. Essa construção reflete tanto a idealização da força feminina quanto a cobrança para que as mulheres sejam multitarefas. Mas, na vida real, isso é insustentável, o que resulta em um ciclo de frustração e esgotamento.

Outro fator que intensifica essa sobrecarga é a síndrome da impostora. Esse fenômeno leva muitas mulheres a duvidarem constantemente de suas próprias capacidades, temendo serem “descobertas” como inadequadas, mesmo em posições de sucesso.

Um estudo conduzido pela KPMG mostrou que cerca de 75% das mulheres em cargos de liderança já experimentaram a síndrome da impostora em algum momento. Em vez de reconhecerem suas conquistas, muitas acabam sobrecarregando-se com tarefas para compensar uma sensação de insuficiência. Essa constante autocrítica e a pressão por desempenho agravam o desgaste emocional, tornando difícil encontrar equilíbrio e autoconfiança.

Para virar o jogo, o pulo da gata é entender a diferença entre autocobrança e autoconhecimento. Enquanto a autocobrança pode levar à exaustão, o autoconhecimento é uma ferramenta de poder pessoal. Ele permite que cada mulher identifique o que realmente importa e elimine da sua rotina aquilo que não acrescenta valor, nem na carreira nem na vida pessoal. Aprender a distinguir entre as demandas impostas e as necessidades genuínas possibilita que cada escolha seja feita com mais intencionalidade e propósito, evitando o ciclo de desgaste e promovendo o equilíbrio e a realização pessoal.

Como superar estes desafios e acelerar sua carreira

A partir do momento em que uma mulher conhece suas verdadeiras motivações, ela conquista a autonomia necessária para traçar caminhos mais conscientes e sustentáveis. Isso significa que, ao invés de abraçar todas as oportunidades e tarefas que surgem, ela pode avaliar quais realmente se conectam com seus objetivos.

Estudos mostram que pessoas que priorizam suas atividades de forma intencional, com base em metas e valores pessoais, relatam maior satisfação e menos estresse. Esse processo de autoconhecimento é fundamental para que as mulheres direcionem suas energias de maneira eficaz, focando no que realmente faz sentido para suas vidas e carreiras.

Superar a exaustão feminina exige mais do que força de vontade. É necessário adotar estratégias práticas que ajudam a equilibrar as demandas da vida profissional e pessoal. O primeiro passo para reduzir a sobrecarga é aprender a dizer “não” e delegar tarefas quando possível. Em um mundo onde a mulher é constantemente incentivada a assumir múltiplos papéis, o simples ato de limitar suas responsabilidades pode ter um impacto profundo na saúde mental.

Por fim, em muitas das vezes, o que precisamos é redefinir o conceito de sucesso e celebrar pequenas conquistas. O padrão imposto é que a mulher tenha que conquistar tudo ao mesmo tempo, mas essa cobrança tende a gerar exaustão. Ao reavaliar o que significa realmente ter sucesso, cada mulher pode estabelecer o que realmente significa ser bem sucedida para ela e o que faz sentido para cada fase da sua vida.

Será que a visão de sucesso que você construiu como ideal e está buscando hoje realmente é possível de alcançar e faz sentido para você?

Muito prazer, Ana Paula França

Ana Paula França
Ana Paula França

Sou especialista em aceleração de carreira e negócios, com uma trajetória de quase 20 anos marcada por conquistas expressivas no mundo corporativo e no desenvolvimento de lideranças femininas.

Administradora de formação, construí minha carreira com base em princípios sólidos como autoconhecimento, planejamento estratégico e inteligência emocional.

Fundei o Acelera Mulheres para impulsionar o crescimento das mulheres no mundo corporativo e acelerar promoções e empresas.

Como mentora, também desenvolvi o método “Trilha da Máxima Potência,” que já ajudou inúmeras mulheres a alcançar seus objetivos profissionais de forma assertiva e alinhada com seus propósitos.

Minha missão é clara: capacitar profissionais a se destacarem em suas carreiras, construindo marcas pessoais que vão além do comum e atingem resultados extraordinários.

 

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