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A coluna nasce da necessidade de se criar e ocupar um espaço no jornal que proponha o debate, a crítica e a divulgação sobre as artes, no contexto da arte contemporânea. Fernando Augusto, artista visual e professor da UFES e Flávia Dalla Bernardina, advogada e curadora de arte, provocados pelo Folha Vitória, conduzem esta coluna semanal, onde junto a um time de colaboradores do Espírito Santo e de outros estados brasileiros, publicarão às terças-feiras textos sobre arte, fazendo conexões com diversas áreas do conhecimento.

A coluna nasce da necessidade de se criar e ocupar um espaço no jornal que proponha o debate, a crítica e a divulgação sobre as artes, no contexto da arte contemporânea. Fernando Augusto, artista visual e professor da UFES e Flávia Dalla Bernardina, advogada e curadora de arte, provocados pelo Folha Vitória, conduzem esta coluna semanal, onde junto a um time de colaboradores do Espírito Santo e de outros estados brasileiros, publicarão às terças-feiras textos sobre arte, fazendo conexões com diversas áreas do conhecimento.

Imagem gerada por IA.

Arte

A extraordinária vida comum de J.D. Salinger

Para fugir das perseguições, Salinger construiu um abrigo no meio no mato, e isolou-se por lá, seguindo de vez o conselho de seu antigo professor, de escrever todos os dias sem se preocupar em publicar. Tamanha reclusão só serviu para aumentar o mito sobre o livro e seu autor. Como exemplo do impacto que ele teve sobre os jovens, basta lembrar que em 1980, quando John Lennon foi assassinado, o responsável pelo crime apenas entregou uma cópia do ‘Apanhador’ como sua declaração.

Pintura do artista Ivo Alexandre (Portugal). Mulher com bebé, óleo sobre tela,120cmX100cm

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Ivo Alexandre: um artista no decurso do tempo na arte contemporânea

O artista Ivo Alexandre apresenta em seu conjunto um espectro, que transcreve singularidades de sua experiência e, ao mesmo tempo, é um questionamento coletivo. A transitoriedade, a busca incessante pelo instante, a relação entre arte e vida, a criação de simbologias e a produção de sentido entre o holístico e o místico, revelam algo oculto na pintura: um decurso íntimo e intuitivo, que serve de convite à leitura para seu espectador.

Capa do livro "El arte es una forma de hacer (no una cosa que se hace)", de Andrea de Pascual e David Lanau).
Foto: Carlos Queiróz.

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Arte como modo de fazer...tecendo poéticas relacionais

Para mim, é a cidade que nos oferece esse suporte para o agir emancipado. Cidade, que as vezes é palco, outras telas, folha em branco, rascunho, rabisco. Cidade como campo do agir, que nos dá a ver, modos de agir. Agir no espaço-tela da rua, na paisagem-câmera da calçada, no território-poesia dos muros. Eis um horizonte que se enuncia como possível: arte, educação e cidade como campos discursivos, estéticos e políticos que se misturam. Horizonte possível: arte como obra de arte. Educação como obra de arte. Cidade como obra de arte.

Quanto custa um ícone. Fonte: Drazen Zigic no freepik

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Um olhar sobre as cinebiografias de Gal Costa e Elvis Presley

Quando um ícone chega assim tão bem resolvido ao cinema, é como se aquele herói ou heroína sempre tivesse existido daquela forma, como se fosse óbvio que ele ou ela fossem daquele jeito, afinal, eles tornaram-se irretocáveis aos nossos olhos. Quando vemos a Gal, ou Elvis, vestidos com seus uniformes de super-heróis no camarim, querendo desistirem de subir ao palco, a vontade é de gritar no cinema, vai lá, tá tudo certo, você é a Gal, você é o Elvis.

Pixabay/Carlos Villada

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Crítica | Agora ou “a tu teoría le falta calle”*

Parece um desafio enorme trabalhar com arte em tempos de crise. Digo isto na lógica capitalista, produtivista, porque pensar e viver arte é um fazer inerente de seus praticantes. Que proposta ou exposição merece ser montada e vista num momento como esse? precisamos de mais problematizações ou de bálsamos? queremos conhecer, atentar para situações trágicas, reviver e ressignificar problemas estruturais, ou de um mergulho estético; um momento de encantamento, um oásis temporário contra todo mal lá fora? é importante seguir realizando ações online, chegar a pessoas de forma mais abrangente, ou queremos estar juntas de novo, com a proximidade e o calor que o virtual ainda não é capaz de gerar?