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Coluna ESG

por Felipe Mello

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Como se preparar para eventos climáticos extremos?

As cidades já enfrentam enchentes há milhares de anos, mas as mudanças climáticas têm tornado esses eventos mais extremos. Nos últimos anos, temos observado um aumento na frequência e intensidade das enchentes em várias partes do mundo. Isso se deve a fatores como o aumento das temperaturas globais, o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar. Além disso, o crescimento populacional e o desenvolvimento urbano inadequado também contribuem para agravar os impactos das enchentes. É crucial que as cidades adotem medidas de adaptação e mitigação para enfrentar esse desafio crescente e proteger suas populações e infraestruturas.

 

Precisamos falar sobre adaptação das cidades à nova realidade climática

Existem diversas medidas de adaptação que as cidades podem adotar para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e minimizar os impactos das enchentes. As cidades devem desenvolver planos de uso do solo que considerem áreas de risco de inundação. Isso inclui evitar a construção em áreas de várzea, margens de rios e zonas costeiras vulneráveis. É necessário o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce em áreas de risco para informar os moradores sobre enchentes iminentes e realizar exercícios de preparação e treinamento para garantir que as pessoas saibam como agir durante uma enchente. Construir diques, barragens e comportas para controlar o fluxo de água e proteger áreas urbanas e investir em sistemas de coleta e tratamento de águas pluviais para evitar o acúmulo de água nas ruas também são ações que precisam ser desenvolvidas.  Sem deixar de lado ações de educação e conscientização para educar os moradores sobre os riscos e como se preparar além de promover a conscientização sobre a importância de não jogar lixo nas ruas, pois isso pode obstruir os sistemas de drenagem. Lembrando que a adaptação às mudanças climáticas é um esforço contínuo e requer cooperação entre governos, sociedade e setor privado.

O Espírito Santo no enfrentamento às mudanças climáticas

No Brasil, 463 cidades – incluindo 11 capitais de estado – ficam em áreas costeiras ameaçadas pela elevação do nível do mar, representando sérios riscos para mais de 50 milhões de pessoas, ou cerca de 26% da população total do país. Algumas cidades já estão explorando formas de construir comunidades resilientes a inundações, secas e outros impactos climáticos. As discussões vêm apontando para três necessidades nas políticas de adaptação climática no Brasil: mobilização de redes e recursos, alavancagem da governança e das pessoas e aproveitamento de dados e ferramentas. No Espírito Santo algumas medidas estão em curso, como o Programa Capixaba de Mudanças Climáticas que inclui projetos estratégicos como monitoramento e alerta à população sobre eventos extremos, investimentos em infraestrutura hídrica, construção de barragens, e a promoção da mobilidade elétrica. Além disso, o Plano Estadual de Descarbonização visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa promovendo o uso e consumo de energias renováveis. Por fim, o Fundo Cidades, lançado em 2023, investe em todas as microrregiões do Espírito Santo.