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Coluna ESG

por Felipe Mello

Urso polar em calota de gelo no oceano

Urso polar em calota de gelo no oceano

Oceano em Crise: um relatório de alarme sobre o futuro dos oceanos

O Relatório sobre o Estado do Oceano, publicado no dia 3 de junho, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) afirmou que 72% das 1.473 espécies ameaçadas de extinção se encontram abrigadas em Áreas Marinhas Protegidas (AMP).

As AMP, nesse caso, são delimitadas com o objetivo de conservar as espécies e os recursos naturais, dessa forma se mostram fundamentais para o desenvolvimento sustentável, para o turismo ecológico, para a preservação da biodiversidade, para o apoio à segurança alimentar e para a saúde geral dos oceanos.

A maior parte das AMP se encontram em mar territorial, ou seja, em uma faixa marítima costeira sob jurisdição de seus respectivos países. No Brasil, as unidades já abrangem 27% do mar territorial. Além disso, o documento ainda traz uma série de informações sobre o atual estado dos oceanos e sobre os impactos associados ao aquecimento global.

Apontando, portanto, um avançado processo de elevação da temperatura das águas, da acidificação, da queda das taxas de oxigênio nos ambientes marinhos e da elevação do nível do mar.

Reprodução/Canva

Urso polar em calota de gelo no oceano

Áreas Marinhas Protegidas no ES

O Espírito Santo tem uma série de unidades de conservação costeiras e marinhas que buscam proteger a biodiversidade e os ecossistemas marinhos da região. Essas unidades são fundamentais para a preservação da vida selvagem e do meio ambiente, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.

Uma das principais unidades de conservação é a Área de Proteção Ambiental Costa das Algas e o Refúgio da Vida Silvestre de Santa Cruz situadas no norte do estado e criadas em 2010. Essas unidades protegem juntas mais de 130.000 hectares de costa e mar, abrigando uma variedade de espécies marinhas e costeiras.

Em 2018, o Espírito Santo ajudou o Brasil a ampliar a proteção marinha quando foi criada a Área de Proteção Ambiental e o Monumento Natural do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz e Monte Colúmbia, localizados no extremo leste da Zona Econômica Exclusiva Brasileira (ZEE) do litoral do Estado.

Além disso nesse ano também foi criada a Área de Proteção Ambiental Marinha do Arquipélago de São Pedro e São Paulo e o Monumento Natural Marinho do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, no extremo nordeste da ZEE, no litoral do Estado de Pernambuco.

Essas AMP foram responsáveis pelo aumento de 1,5%  para 24,5% de seu território marinho brasileiro protegido, um avanço significativo na conservação dos nossos ecossistemas.

Outra unidade de conservação é a APA Baía das Tartarugas, a primeira unidade de conservação marinha da Grande Vitória que protege a rica biodiversidade marinha da baia de Vitória.

Impacto do aquecimento global nos oceanos

O relatório destaca um processo avançado de aquecimento das águas oceânicas, tanto nas camadas superficiais quanto em profundidades maiores. Isso tem consequências devastadoras para os ecossistemas marinhos.

Os oceanos estão experimentando uma diminuição significativa nos níveis de oxigênio dissolvido, o que afeta a sobrevivência de muitas espécies marinhas.

Essas mudanças drásticas nos oceanos estão causando a perda de habitats, declínio de espécies e profundas alterações nos ecossistemas marinhos.

Esses achados revelam um cenário preocupante para a saúde dos oceanos, exigindo ações urgentes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, bem como a expansão e o fortalecimento das áreas marinhas protegidas.