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Coluna ESG

por Felipe Mello

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Campanhas eleitorais sustentáveis: o futuro da política

Os santinhos, ou panfletos políticos, são elementos recorrentes quando falamos das campanhas eleitorais. O panfleto com o número do candidato é amplamente distribuído e reproduzido em época de eleições como pudemos observar no domingo, 06. No entanto, o seu destino, na maioria das vezes, é o chão. Com isso, consumimos recursos naturais, geramos uma grande quantidade de lixo, entupimos bueiros e causamos enchentes.

Frequentemente esses panfletos são impressos em papel de baixa qualidade e que não são passíveis de reciclagem o que, consequentemente, resulta em montanhas de resíduos que poluem cada vez mais nossas cidades. Isto é, sem contar o uso excessivo de tinta e outros materiais químicos que podem causar danos adicionais. No Rio de Janeiro a prefeitura recolheu 167 toneladas de lixo eleitoral nesta segunda feira, 07.

Projeto de lei em prol da sustentabilidade

O Projeto de Lei 2462/2022 que está aguardando parecer do relator na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável visa a obrigatoriedade de utilização de material reciclável e biodegradável na impressão de material gráfico para campanhas eleitorais. Contudo, a imagem de um candidato deveria ser questionada pelo eleitor quando sua campanha está associada à sujeira e descaso. 

Criando campanhas que envolvam os eleitores em ações de limpeza e educação ambiental, podemos não apenas melhorar a percepção da população em relação ao candidato, mas também fomentar senso de comunidade e engajamento cívico. Seria importante promover uma mudança cultural em relação às campanhas eleitorais, de forma a incentivar os candidatos a adotarem uma postura mais consciente e responsável. Ou ainda, implementar políticas públicas que regulamentem a produção e distribuição de materiais de campanha, como, por exemplo, limitar a quantidade de panfletos impressos e incentivar o uso de plataformas digitais.

Campanhas Online

No contexto das campanhas eleitorais, as redes sociais oferecem inúmeras vantagens. Visto que permitem um alcance ampliado, custo-efetividade e interatividade direta com os eleitores. Utilizar redes sociais, marketing de conteúdo, anúncios pagos e transmissões ao vivo podem engajar os eleitores de maneira mais eficaz e sustentável. Ferramentas digitais ainda permitem uma análise detalhada do desempenho das campanhas, possibilitando ajustes em tempo real.

Exemplos de sucesso, como as campanhas de Barack Obama e Alexandria Ocasio-Cortez, mostram como o uso estratégico das redes sociais podem mobilizar eleitores e arrecadar fundos. Dessa forma, não só protegemos o meio ambiente, mas promovemos uma cultura de responsabilidade e respeito mútuo.