Inteligência Artificial não é só ChatGPT: entenda a evolução
Quando pensamos em Inteligência Artificial, a maioria das pessoas associa imediatamente ao ChatGPT ou a alguma IA popular nas redes sociais, que envolvem imagens ou vídeos. De fato, a grande popularização atual das IAs pode vir desses modelos, mas elas são muito mais antigas e abrangentes do que isso.
As IAs têm um grande marco nos anos 50, principalmente com a famosa conferência de verão em Dartmouth College, em 1956, onde um grupo de matemáticos discutiu sobre vários assuntos, incluindo as Inteligências Artificiais, que passaram a ser tratadas como um campo específico de debate.
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Essas discussões marcaram o início de uma jornada que resultaria na criação de sistemas capazes de aprender, raciocinar e até mesmo tomar decisões.
Desde então, avanços em hardware, algoritmos e a disponibilidade de dados têm impulsionado o desenvolvimento da IA, tornando-a indispensável em diversas áreas do conhecimento.
Mas então, o que é uma IA? De forma mais genérica, como tratada nos idos de 1950, IA seria o estudo sobre como fazer os computadores realizarem tarefas que humanos faziam melhor.
Hoje podemos complementar dizendo que as IAs são um conjunto de técnicas que simulam a inteligência humana.
Essas técnicas incluem desde algoritmos básicos de regras, usados em sistemas especialistas, até redes neurais profundas, que se destacam na resolução de problemas complexos, como a interpretação de linguagem natural e análise de imagens. Essa evolução ampliou o alcance da IAs, permitindo que ela fosse aplicada em áreas antes inimagináveis.
Além disso, com a evolução do campo de estudo, hoje podemos dividir as IAs em Fracas, Fortes, Aprendizado de Máquina e Redes Neurais, cada uma com sua especificidade.
As IAs Fracas, por exemplo, são projetadas para executar tarefas específicas, como assistentes virtuais e sistemas de recomendação.
Já as IAs Fortes têm como objetivo simular a cognição humana de forma geral, algo que ainda está em estágio conceitual.
O Aprendizado de Máquina foca em ensinar os sistemas a aprenderem a partir de dados, enquanto as Redes Neurais buscam replicar, de maneira inspirada, a estrutura do cérebro humano.
Entre os exemplos de uso das IAs, podemos citar vários: reconhecimento de voz, imagem e texto, robôs inteligentes, veículos autônomos, análises de risco, diagnósticos médicos, recomendações de compra, análises de sentimentos, criação de conteúdos, entre outros.
Por que, então, o ChatGPT e outras IAs se tornaram tão populares? Além da grande evolução que elas apresentaram, há um componente importante que as diferencia das demais IAs: a interatividade com o usuário.
Você precisa conversar com o ChatGPT para ele te responder, ou subir uma imagem ou vídeo para ser melhorado, dar um comando para criar um conteúdo.
Isso, em geral, é diferente das demais IAs, onde o grupo de usuários que faz a interação é muito mais restrito, na maioria das vezes limitado aos programadores. Essa interatividade, que combina facilidade de uso e acessibilidade, abriu portas para que pessoas sem conhecimento técnico pudessem explorar as capacidades da IA.
Essa abordagem amigável não apenas popularizou a tecnologia, mas também gerou discussões sobre seu impacto e possibilidades, inspirando novos usuários e mercados.
Mesmo sem perceber, já interagimos com IAs diariamente. Desde recomendações em plataformas de streaming e e-commerce até assistentes virtuais em smartphones, a IA está presente em várias atividades do cotidiano, e isso deve se intensificar cada vez mais.
Sobre o futuro, espera-se que as IAs tenham uma integração ainda maior no nosso dia a dia. Tecnologias como interfaces cérebro-computador, IA generativa e sistemas preditivos mais sofisticados prometem revolucionar áreas como educação, saúde e entretenimento.
Contudo, o desafio será equilibrar o progresso tecnológico com os aspectos éticos e sociais dessa evolução.