Estar atento aos sinais de autismo é essencial para identificar a condição e realizar terapias efetivas conforme as necessidades de cada paciente.
O autismo não é uma doença, mas uma condição médica que altera o modo como as pessoas se comunicam e interagem socialmente. Nesse ponto, há diversas causas associadas ao autismo, como ambientais e genéticas.
O Transtorno do espectro Autista, é um transtorno do neurodesenvolvimento, podendo afetar todo o corpo. Muitas vezes costuma servidentificado pelo médico entre 1 ano e meio e 3 anos. Mas, os pais também são capazes de perceber alguns sinais em seus filhos.
Qualquer suspeita nesse sentido a melhor atitude a ser tomada é procurar um especialista no assunto. Se confirmado o diagnóstico por um especialista, aceite a condição não é o fim do mundo, afinal de contas, existem muitas terapias que irão ajudar no desenvolvimento dessa criança ou adulto com diagnostico de TEA.
A grande dificuldade em identificar o Transtorno para os pais, são as comparações que muitos fazem com parentes próximos que tem o espectro e não tiveram o diagnóstico, ou mesmo não tem conhecimento do que é ter essa condição.
Se notarmos que existe algo de diferente no desenvolvimento dos nossos filhos, vale muito a pena observarmos mais atentamente, a pessoa que sofre do espectro, dá sinais como comprar objetos repetidos, repetição de frases, não se adaptar a certos ambientes, raciocínio lógico, pouca tolerância a mudanças de rotinas, ter interesses em objetos que movimentam as partes como o lego.
Na menina por exemplo, é mais difícil o diagnóstico, pois para cada uma menina existem três ou quatro meninos com o espectro, a menina gosta muito de brincar com brinquedos sozinha isso dificulta muito o diagnóstico, falo isso pois passei por essa experiência dentro do meu lar, já o menino gosta de ficar trancado no quarto e geralmente tem um ciclo de amizade bem restrito, um ou dois amigos no máximo.
É muito difícil a identificação de sinais de autismo em bebês. Nos primeiros meses de vida, a linguagem e socialização do lactente é muito restrita. É mais fácil identificar sinais das comorbidades – a hipotonia, o atraso motor, convulsões, outros problemas de saúde.
Alguns sinais precoces da comunicação podem ser percebidos, como:
- Não atender quando é chamado pelo nome, de forma persistente;
- Não conseguir demonstrar com as reações quando está feliz, triste ou zangado;
- Não manter o contato ocular;
- Não buscar comunicar ou mostrar aos pais aquilo que o interessa;
- Não conseguir dar tchau com a mão;
- Entre outros sinais.
O diagnóstico do autismo não é por exames – nem exames de imagem.
O diagnóstico é alcançado por avaliação clínica e funcional do desenvolvimento e comportamento por profissionais capacitados, preferencialmente avaliando este paciente em múltiplos ambientes – domicílio, escola, terapias, entre outros.
Alcançar o diagnóstico funcional do autismo é muito importante, como acesso para as terapias e, principalmente, por uma avaliação bem feita permitir direcionar o conjunto de terapias para as reais necessidades do paciente.
O uso de exames complementares é útil para a investigação de comorbidades e para determinar a causa do TEA em um paciente.
Leide Pires é empresária, advogada, escritora e mãe de autista