O diagnóstico tardio do autismo, felizmente, ainda é uma realidade de muitas pessoas.
O TEA Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado, principalmente pelo que conhecemos como díade do autismo:
- Dificuldades na comunicação e interação social;
- Presença de padrões de movimentos restritos e repetitivos.
- Pessoas com espectro veem o mundo de outra forma, agem e interpretam a vida diferentemente das pessoas sem transtornos, ou seja neurotípicas.
Além disso, uma pessoa autista pode apresentar dificuldades nas relações do dia a dia, dificuldades em lidar com mudanças na rotina e até em estar exposta a situações onde existem muitos estímulos visuais e sonoros, por exemplo.
O que fazer diante de um diagnóstico tardio?
Muitos profissionais das áreas da psicologia e da psiquiatria têm conhecimento sobre autismo e podem ser os primeiros a nos ajudar. Por isso, se você notar alguns sinais em seu filho (a), não hesite em procurar um profissional da área para conversar e te encaminhar.
Não se culpe nunca!
Quando descobrimos o diagnóstico de autismo tardiamente em nossos filhos, nos culpamos e nos sentimos impotentes. No entanto, digo para vocês mães de autistas, ou de crianças especiais, como eu, que a culpa não é sua.
O que tiver que vir para nós, virá! Aceitar a condição do nosso filho é o primeiro passo para que ele evolua. Procure sua rede de apoio, seus familiares, amigos. Converse com outras mães e se não tiver condição financeira para pagar um profissional para o devido acompanhamento psicológico, saiba que existe ONGs, ou até mesmo igrejas que fazem esse acompanhamento gratuito. Este suporte é fundamental para nós mães que temos um filho ou um parente autista e não sabemos como fazer para ajudar e também sermos ajudada. Essa troca de experiências, nos faz melhorar muito em todos os aspectos. Nós também precisamos aceitar ajuda, e assim, ficarmos mais fortalecidas. Quando estamos mais fortes, conseguimos cuidar e educar cada vez melhor nossos filhos.
Tenham certeza tudo irá se ajeitar, por isso, se acalme. Existe espaço para oportunidade de desenvolvimento, não importa qual seja o nível de necessidade do autista, o suporte é fundamental. Receber o diagnóstico de autismo gera insegurança, até mesmo por que somos seres em aprendizagem constante, todo esse receio em relação ao futuro é normal e faz parte do processo, mas saiba: você não está só.
Leide Pires é empresária, advogada, escritora e mãe de autista