A sociedade tem muita dificuldade em aceitar a pessoa autista. Devido a esse motivo, comecei a abordar o tema nas redes sociais com intuito de trazer mais conhecimento para as pessoas. Fico imaginando o tanto de criança, que sofre por não ter um diagnóstico.
Se autismo fosse um assunto mais divulgado, as pessoas não demorariam tanto para terem o diagnóstico. Muitos pais, possivelmente, não têm conhecimento sobre o assunto, o que acaba dificultando a vida dessas crianças e adolescentes
Sem sombra de duvida, o convívio dessas crianças poderia ser mais fácil. Muitas vezes o diagnostico vem tardio e a pessoa que sofre do espectro autista passa um longo período de toda a vida, sendo tratada como “esquisita” ou “chata” por ser quem é.
Nada disso é frescura ou esquisitice, é apenas autismo. É recorrente ver os autistas receberem críticas por falarem o que pensam. Na verdade, os autistas muitas vezes não têm uma percepção adequada das regras sociais. Entretanto, isso pode ser ensinado. As pessoas que sofrem do TEA, esquecem de cumprimentar os outros, sendo consideradas mal-educadas.
Os autistas não são iguais. Não é uma regra. Cada um é um ser único e a sociedade necessita ter um entendimento da importância da aceitação. O ato de interagir socialmente é muito mais difícil para um autista, do que é normalmente para outros indivíduos. Devido a isso, isolam-se socialmente, ou camuflam o autismo, como um mecanismo de defesa.
Como fazem isso?
O autista que tem o grau mais leve começa a imitar o comportamento de pessoas que ela simpatiza, começa então a copiar esses comportamentos neuro típicos. Podemos dizer que são estratégias utilizadas para disfarçar as características do autismo, o que pode incluir gestos, modo de se vestir, assuntos para conversar, e tons de voz.
Isso os ajuda a adaptar-se ao convívio com outros colegas, podendo também piorar os sintomas, pois gera um gasto de energia e esforço para agir conforme o esperado socialmente. Nesses casos a terapia em grupo, aliado ao tratamento psicológico é a melhor saída.
Leide Pires é fundadora do Instituto Leide Pires. Mãe de autista, é autora do livro: “Muito prazer, sou mãe da Barbara. Leide Pires é formada em direito, administração e marketing.
Instagram: @colunaleiepires