Crédito: Divulgação
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Confira nossa entrevista exclusiva
Estamos na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, um evento que ajuda a amplificar a voz do movimento por direitos das pessoas com deficiência.
Na edição 2024, o tema em destaque é a Apae. A instituição, criada em 1954, é fundamental para diversas pessoas com deficiência e suas famílias pois, em diversos casos, é a única forma de acesso aos cuidados necessários.
Para falar sobre o evento, a Apae e a importância desse destaque dado, entrevistamos a presidente da Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo, Maria das Graças Vimercati.
1 - Qual a importância de a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla destacar a Apae como tema?
A escolha da Apae como destaque não é apenas um reconhecimento à sua história, mas um chamado para a ação. Ao longo dos anos, a instituição se tornou um pilar de suporte para milhares de famílias, oferecendo serviços essenciais e, principalmente, lutando para que as pessoas com deficiência tenham seus direitos garantidos. Trazer a Apae para o centro das discussões é dar visibilidade a essas questões, mas também amplificar as vozes de quem, muitas vezes, é silenciado pela sociedade.
2 - De que forma isso pode potencializar o trabalho da instituição?
Essa visibilidade durante a semana não é apenas simbólica; ela pode resultar em apoio real, desde o engajamento de novos voluntários até a captação de recursos que fortalecem o trabalho contínuo da instituição. Além disso, a exposição permite que a sociedade enxergue a importância de um projeto que vai além de atender pessoas com deficiência — trata-se de construir uma comunidade onde todos tenham oportunidades reais de desenvolvimento e inclusão.
3 - Para quem ainda não conhece, a senhora pode descrever o trabalho da Federação?
No Espírito Santo, a Federação das Apaes desempenha um papel crucial na coordenação e no suporte às unidades locais, com ações que vão desde a promoção de boas práticas até a defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Desde 1992, a federação tem se destacado por articular políticas públicas em áreas como saúde, educação e assistência social, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e suas famílias.
4 - Quais são os próximos passos para a Federação?
Para os próximos anos, a federação capixaba quer expandir ainda mais as parcerias e programas, além de investir em tecnologia que melhore o atendimento. Outro foco é a intensificação das campanhas de conscientização, essenciais para garantir que o respeito e a inclusão sejam mais do que discursos pontuais — sejam práticas cotidianas. Num cenário onde mais de 276 mil capixabas possuem algum tipo de deficiência, o desafio é enorme, mas a união de esforços pode fazer a diferença.
5 - Alguma mensagem especial para o público da coluna?
Mais do que uma semana de eventos, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é um convite para que cada um de nós reflita sobre o papel que desempenhamos na construção de uma sociedade mais justa. Apoiar instituições como a Apae é um caminho, mas atitudes do dia a dia, como ouvir, respeitar e agir com empatia, também são fundamentais. Que essa semana não se limite a palavras bonitas, mas inspire ações concretas, transformando a inclusão em algo real para todos.