Crédito: Freepik
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Compreensão e empatia são a chave
Muitas pessoas com autismo enfrentam desafios que podem impactar sua independência. No entanto, existem casos em que a condição é descoberta tardiamente, após anos sem suspeitas, devido a sinais sutis que muitas vezes são confundidos com traços de personalidade.
Ecolalia
A ecolalia, caracterizada pela repetição de palavras, frases ou sons, é comum entre pessoas com autismo. Essa repetição pode ocorrer imediatamente após ouvir algo (ecolalia imediata) ou mais tarde (ecolalia tardia). Entre os exemplos, estão a reprodução de trechos de conversas, filmes ou sons do ambiente, como portas e sirenes. Esse comportamento pode auxiliar na compreensão de informações e na autorregulação emocional, especialmente em situações de estresse.
Esgotamento social
Ambientes sociais com muitos estímulos — como luzes, sons e interações — podem sobrecarregar pessoas com autismo. Esse esforço mental ocorre ao interpretar expressões faciais, tons de voz e normas sociais. Após eventos sociais, é comum que indivíduos com autismo busquem um período de isolamento para se recuperarem.
Interpretação literal
Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem ter dificuldade em interpretar sinais não-verbais e compreender interações de forma literal. Isso pode dificultar a percepção de nuances, como sarcasmo ou ironia, devido às dificuldades de interação social.
Comunicação direta
A comunicação de pessoas com autismo tende a ser mais direta e honesta, o que pode ser interpretado por outras pessoas como frieza ou falta de sutileza.
Entendendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
O TEA é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico, influenciando áreas como comunicação, interação social e comportamento. Como espectro, o autismo manifesta-se de formas variadas, embora existam características comuns entre os casos. No Brasil, estima-se que aproximadamente dois milhões de pessoas tenham TEA. Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu perguntas sobre autismo no censo para levantar dados mais concretos sobre essa população.
O diagnóstico precoce do autismo possibilita a adoção de práticas terapêuticas voltadas à promoção da independência e da qualidade de vida. O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia de integração sensorial e, em alguns casos, medicação. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte para pessoas com TEA, por meio de uma rede de assistência específica para essa condição.