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Voz da inclusão

por Feapaes-ES

Menininho bonitinho fazendo exame

Crédito: Freepik

Preconceito

Audismo: o impacto da discriminação contra pessoas com deficiência auditiva

Crédito: Freepik

O audismo se manifesta de diversas formas

O audismo é uma forma de discriminação que afeta diretamente pessoas com deficiência auditiva, baseada na ideia de que a capacidade de ouvir é essencial para que uma pessoa seja considerada plenamente capaz. Essa visão resulta em barreiras sociais, profissionais e educacionais, que contribuem para a marginalização dessa comunidade.

O conceito foi introduzido pelo acadêmico Tom Humphries em 1975 e aprofundado por Harlan Lane, pesquisador da cultura surda e da língua gestual. Lane destaca que o audismo configura uma forma de dominação que impõe padrões de comunicação e comportamento baseados na normatividade auditiva.

Manifestações do audismo
O audismo pode ocorrer de diferentes formas, como a recusa de utilizar a língua de sinais na presença de pessoas surdas, mesmo quando há conhecimento dessa habilidade. Outras práticas incluem desvalorizar a forma de comunicação de pessoas surdas, insistir para que se adaptem aos padrões orais e reduzir as expectativas em relação às suas capacidades profissionais ou educacionais.

O termo não se aplica à falta de conhecimento sobre a cultura surda, mas sim a comportamentos de exclusão por parte de quem tem essa consciência e opta por ignorá-la.

Consequências e desafios
As consequências do audismo incluem a exclusão social, a restrição de acesso à informação e a limitação de oportunidades educacionais e profissionais. No mercado de trabalho, pessoas surdas frequentemente enfrentam dificuldades para conquistar posições ou progredir em suas carreiras.

Outro impacto significativo é a supressão da cultura e da linguagem surda, com casos em que o uso da língua de sinais é desencorajado. Essa prática pode afetar a expressão linguística e a identidade das pessoas surdas, restringindo sua plena participação na sociedade.

O debate em torno do audismo destaca a importância de iniciativas que promovam a acessibilidade, a inclusão e o respeito à diversidade de formas de comunicação e expressão.