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Nutrição e aprendizado: o papel das escolas na formação dos bons hábitos alimentares

Diante das recentes mudanças no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que buscam reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas, o debate sobre a importância da alimentação saudável para o desenvolvimento infantil ganha ainda mais relevância.

Diante das recentes mudanças no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que buscam reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas, o debate sobre a importância da alimentação saudável para o desenvolvimento infantil ganha ainda mais relevância. As escolas desempenham um papel fundamental na formação de hábitos alimentares, oferecendo refeições equilibradas e promovendo a educação nutricional entre os estudantes. Na Escola Americana de Vitória (EAV), essa preocupação já faz parte da rotina desde o início, com um programa estruturado para incentivar escolhas alimentares conscientes e saudáveis.

Com turmas em período integral, a EAV adota uma política rigorosa de alimentação saudável, garantindo refeições balanceadas e supervisionadas por uma nutricionista. “A EAV tem a saúde e o bem-estar como pilares fundamentais. A criança fica aqui o dia inteiro e precisa estar bem nutrida para seu desenvolvimento físico e cognitivo”, afirma Luana Ariane de Arimatéa, coordenadora administrativa da escola.

As refeições dos alunos são planejadas em conjunto com a equipe pedagógica, abrangendo lanche da manhã, almoço e lanche da tarde. A estrutura da escola conta com dois refeitórios, um destinado à Educação Infantil e outro para os alunos do Ensino Fundamental e Médio. Além disso, a EAV se preocupa em atender todas as particularidades, incluindo opções para atletas de alta performance, alunos vegetarianos e com restrições alimentares.

“Os bebês comem dentro da sala, por conta da idade. Eles fazem o período de adaptação junto com os pais e a equipe pedagógica, ao mesmo tempo em que aprendem a desenvolver autonomia e a experimentação dos alimentos preparados aqui”, explica Luana.

Na EAV, alimentos ultraprocessados são proibidos. O cardápio diário dos alunos é cuidadosamente elaborado para proporcionar uma alimentação equilibrada, composta por ingredientes naturais, frescos e ricos em nutrientes. Os pratos são servidos sempre com opções de proteínas acompanhadas de guarnições, salada, bebida e sobremesa.

O compromisso vai além das refeições servidas, e a nutricionista da EAV, Maria Clara Barcelos, não só acompanha de perto a qualidade das refeições, como também realiza atividades educativas em sala de aula, ensinando os alunos sobre a importância da nutrição e bons hábitos alimentares desde a infância.

“Fazemos diversas atividades lúdicas com os alunos. Em uma aula ensinei como montar um prato saudável, com tudo o que deve ter em uma refeição e a importância de ter mais de 5 cores. Nisso eles montavam os pratos com os alimentos. Em outra atividade, vendei os alunos e eles tinham que adivinhar o que comiam. O impacto dessa aula foi ótimo, crianças com dificuldade alimentar começaram a comer vegetais, por exemplo”, conta Maria Clara.

A nutricionista promove oficinas culinárias com os estudantes, preparando receitas, além de desenvolver ações educativas sobre a diferença entre alimentos in natura, processados e ultraprocessados.

“Nos refeitórios, montamos exposições, e em sala de aula utilizamos três caixas de cores diferentes para ilustrar a classificação dos alimentos: uma maior para os in natura, que devem ser consumidos com frequência; uma média para os processados, que devem ser moderados; e uma bem pequena para os ultraprocessados, que devem ser evitados. Nesta atividade os alunos precisam separar os alimentos em cada caixa”, explica.

Além disso, a EAV mantém uma horta onde os estudantes participam ativamente de todo o processo, desde o plantio até a colheita dos alimentos. Essa vivência prática fortalece a conexão das crianças com os alimentos naturais e incentiva o consumo consciente e sustentável

“As ações nutricionais na escola são essenciais para aproximar os alunos da alimentação saudável de forma prática e divertida, incentivando escolhas saudáveis e criando hábitos que podem durar toda a vida. Uma alimentação equilibrada na infância reflete em mais energia, disposição e prevenção de doenças. Zelar pela nutrição escolar é investir no futuro”, ressalta Maria Clara.

Com essa abordagem, a Escola Americana de Vitória reafirma seu compromisso com a formação integral dos alunos, promovendo uma relação positiva com a alimentação e incentivando escolhas saudáveis dentro e fora do ambiente escolar.

Dicas para alimentação saudável em casa

Além dos cuidados oferecidos pela escola, é essencial que esses hábitos sejam reforçados em casa. Para ajudar as famílias nessa missão, Maria Clara Barcelos, nutricionista da EAV, separou algumas dicas simples e eficazes para incentivar uma alimentação equilibrada no dia a dia:

  • Dê o exemplo – As crianças aprendem pelo que veem.  Quando os pais mantêm uma alimentação saudável, elas tendem a seguir esse exemplo.
  • Tenha opções saudáveis à vista – Mantenha frutas lavadas e cortadas na geladeira ou em uma fruteira ao alcance.
  • Evite alimentos industrializados – Dê preferência a alimentos naturais e minimamente processados, evitando os ultraprocessados.
  • Incentive a participação das crianças – Envolva-as na escolha dos alimentos e no preparo das refeições, , isso aumenta a aceitação.

Preparo do lanche

Uma lancheira equilibrada faz toda a diferença para garantir a energia e a concentração das crianças ao longo do dia. Planejar lanches saudáveis, com variedade de nutrientes, é uma maneira de manter uma alimentação balanceada e saborosa. A nutricionista destaca a importância da escolha dos alimentos e sugere algumas combinações práticas e nutritivas.

“Inclua sempre uma fonte de proteína, como queijo, iogurte, ovos e carne. Inclua também o carboidrato para a energia da criança, como bolos caseiros, pãozinho e cookie. E não esqueça de sempre inserir as frutas na lancheira. Boas opções são melão, laranja, morango, uva, kiwi, mamão e manga”, afirma Maria Clara.

Boas combinações de lancheira:

  • Cookie caseiro de banana e aveia + iogurte natural + manga picadinha.
  • Panqueca de aveia e cacau + queijo branco picadinho + morango
  • Bolo caseiro de cenoura + ovinho de codorna + melão
  • Hamburguinho caseiro (pãozinho de batata + bifinho com carne moída magra + queijo) + laranja
  • Milho cozido + ovo de codorna + mamão
  • Sanduíche natural com patê de frango + kiwi 7.
  • Cupcake de aveia e cacau + queijo picadinho + uva.
  • Se a criança tiver preferência, para beber inclua água de coco ou suco natural.