A contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2022 no Catar já começou. E pela primeira vez, o Mundial será disputado no Oriente Médio e em uma data diferente das últimas edições.
O torneio deste ano será jogado entre 20 de novembro até 18 de dezembro, diferente dos outros mundiais que eram disputados sempre no meio do ano. Isso se deve ao forte calor que faz no Catar na metade do ano, com isso a Fifa fez essa alteração na data do evento.
> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas no celular? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!
Vencendo concorrentes de peso, EUA, Austrália, Coreia do Sul e Japão, o Catar conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de futebol 2022 ao obter os votos de 22 membros executivos da Fifa.
Para muitos, uma escolha baseada no dinheiro, uma vez que o país é um dos mais ricos do mundo e não pelas tradições esportivas do país.
Polêmicas
Apesar da vitória, a escolha do país do Oriente Médio vem acompanhada de várias polêmicas. A primeira delas gira em torno de um suposto suborno direcionado a funcionários da Fifa, onde o Catar foi acusado de pagar um valor de US$3,7 milhões de dólares, a fim de garantir apoio a sua candidatura.
Um dos seus grandes apoiadores foi Sepp Blatter, ex-presidente da Fifa e que atualmente está sendo julgado por corrupção, fraude e peculato.
Outra situação preocupante e que causou muita polêmica, foram os relatos sobre as condições de trabalho. Relatos de salários atrasados, condições insalubres nas obras dos estádios para Copa, além de um número alarmante de mortes decorridas destas condições. Conforme o The Guardian, mais de 6 mil trabalhadores imigrantes haviam morrido até junho do ano passado.
O país foi acusado pela Anistia Internacional e Human Rights Watch de maus tratos a trabalhadores estrangeiros que participaram das obras e da preparação para a Copa do Mundo.
População LGBTQIA+ será bem recebida
Pelas suas tradições religiosas e pelo seu código penal, qualquer atividade homossexual no país é punida, tendo como pena máxima até o apedrejamento. Apesar desta situação, o líder do comitê organizador do evento, Nasser Al Khater, garantiu que todas as pessoas, independentemente da religião, raça, origem, orientação ou gênero, serão bem recebidas.
Porém, Nasser Al Khater deixa um alerta, pedindo para que as pessoas entendam que existem muitos locais no Catar onde as pessoas são muito conservadores, onde demonstração de afeto públicas não são bem vistas. O líder do comitê espera que os visitantes entendam e respeitem os locais e as pessoas.
Dentro de campo, quem são os favoritos
Se fora dos gramados as polêmicas são muitas, dentro das quatro linhas elas ficam restritas a saber quem são os favoritos para a Copa de 2022, quem chega forte para a competição, qual jogador vai brilhar e quais as chances do Brasil levantar a taça e conseguir o tão sonhado Hexacampeonato.
França:
Se em 2018 a França entrou como uma das favoritas e confirmou as expectativas, esse ano ela chega com uma certa desconfiança. O treinador é o mesmo, o campeão mundial como jogador e técnico, Didier Deschamps. Porém, o elenco que no papel é um dos melhores do mundo, vive uma fase não muito boa dentro e fora de campo.
Dentro de campo o time tem apresentado dificuldades para se impor, principalmente contra seleções que jogam mais fechadas.
Fora de campo, a seleção enfrenta alegações de que dois dos seus principais jogadores estariam envolvidos em polêmicas, Pogba e Mbappé, com o irmão do primeiro acusando o craque da Juventus de ter ido em uma bruxa fazer um feitiço para que Mbappé se lesionasse.
Além disso, a França não poderá contar com N’Golo Kante, um dos melhores volantes do mundo que está lesionado e corre o risco de ver seu outro craque, Paul Pogba também fora de Copa devido a uma lesão.
Argentina:
Comandada pelo ex-jogador Lionel Scaloni, a seleção argentina chega com enorme favoritismo para a Copa de 2022. Se nas últimas edições ela era favorita pelo nome e por ter um dos maiores jogadores de todos os tempos, Lionel Messi, agora a “La Albacelesti” vem confiante em busca do tricampeonato. Com um grupo forte e que conseguiu conquistar um título após 14 anos (Copa América 2021), a Argentina tem em Di Maria, Lautaro Martinez, Messi e cia, uma grande oportunidade de voltar a ser campeã do mundo.
Brasil:
A única seleção a participar de todas as Copas do Mundo, única pentacampeã e que produz craques em abundância. A seleção brasileira chega ao Catar como uma das grandes favoritas ao título. O time comandado por Tite, fez uma excelente campanha nas eliminatórias para a Copa do Catar, levando o Brasil a ficar em primeiro lugar e de forma invicta.
E se no banco a seleção está muito bem com o Tite, dentro das quatro linhas o Brasil tem em Neymar o seu craque. Agora contando com a companhia de Vini Jr. Raphinha, Paquetá, Anthony, Richarlison e tantos outros craques, o camisa 10 canarinho vai com tudo para trazer o Hexa para o Brasil.
Adeus de Messi e Cristiano Ronaldo
A Copa do Mundo 2022 no Catar, pode marcar a despedida de alguns jogadores das respectivas seleções. E dois nomes vêm logo à mente, Lionel Messi 35 anos e Cristiano Ronaldo 37. Dois craques que juntos possuem 11 títulos de melhor jogador do mundo, e que marcaram toda uma geração, devem fazer seus últimos jogos em uma Copa do Mundo.
Apesar dessa possível despedida, o mundial de 2022 vem chegando com grandes expectativas. Promessa de muitos gols, muita festa, estádios modernos e lotados, e grandes partidas.
*Texto do estagiário Felipe Navega, sob supervisão da editora Thaiz Blunck