Copa 2022

Jogadores europeus participam de campanha contra homofobia no Catar

O gesto europeu tem o objetivo de pressionar o País e o Comitê Supremo, a aceitar as campanhas contra a homofobia durante o torneio mundial

Foto: Divulgação / Fifa

Oito seleções europeias realizaram um acordo para disputar a Copa do Mundo com menção a uma campanha contra a homofobia no Catar. Os capitães da Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, País de Gales e Suíça irão colocar um coração com as cores do arco-íris em suas braçadeiras.

Apesar de a Federação Inglesa de Futebol (FA) ter divulgado o apoio ao movimento “OneLove” em setembro, ainda não é possível considerar a campanha oficial, de acordo com informações do portal Uol.

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Segundo a “sharia”, lei em vigor em vários países com população predominantemente muçulmana, a prática homossexual para homens ou mulheres prevê penas como apedrejamento e sete anos de prisão.

Ou seja, a homossexualidade ainda é considerada crime no Catar. Porém, as autoridades locais afirmam que as pessoas com quaisquer orientações sexuais serão bem-vindas durante a Copa.

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Outra representante europeia, a seleção da Polônia também realizou uma proposta de mudança no design de sua faixa de capitão. Em vez das cores do arco-íris, os poloneses querem usar uma braçadeira com as cores azul e amarela da bandeira da Ucrânia, país invadido pela Rússia em fevereiro.

Foto: Divulgação / Instagram
Lewandowski pretende usar faixa de capitão em homenagem à Ucrânia na Copa do Mundo do Catar

O gesto das seleções europeias tem o objetivo de pressionar o País e o Comitê Supremo, a aceitar as campanhas contra a homofobia durante o torneio mundial. Contudo, as braçadeiras não foram aprovadas pela Fifa.

Por causa das regras rígidas de vestimenta dos jogadores, para a campanha ser aceita seria necessário uma padronização, prevista em regulamento, para que todas as seleções usem a braçadeira com o coração anti-homofobia.

Entretanto, existem países que disputarão a Copa que rejeitam a ideia da campanha e apesar da luta contra a homofobia ser uma bandeira da Fifa, não há previsão de uma decisão final sobre o assunto.

*Texto da estagiária Ana Paula Brito Vieira, sob supervisão da editora Thaiz Blunck.