
Um casal capixaba foi impedido de viajar para a Itália, dois dias antes do embarque, após a publicação de um decreto que endurece as regras para o reconhecimento da cidadania para quem não nasceu no país europeu.
Mariana Oliveira publicou um vídeo em uma rede social em que explica o motivo de não conseguir reconhecer a cidadania do marido, Diego Fortes. Segundo ela, os planos do casal se frustraram após o decreto do governo italiano publicado nesta sexta-feira (28).
LEIA TAMBÉM:
- Massas de ar frio vão derrubar as temperaturas no ES no início de abril
- Resultado da Quina deixa 4 capixabas à beira de prêmio milionário; veja números
- Milagres da Penha: sua história de fé pode virar reportagem
A capixaba explicou que iriam viajar para reconhecer a cidadania de Diego, que possui parentesco italiano. O trisavô do capixaba era italiano e, com isso, pela legislação ele poderia ter a cidadania. O decreto torna o processo mais restrito.
É uma sensação de luto, mas Deus está no controle de tudo, escreveu Mariana na legenda da publicação.
No vídeo, o casal contou que estava se preparando para viajar há quatro meses e, faltando apenas dois dias para o embarque, que seria neste domingo (30), eles receberam a notícia de que o decreto tinha sido instaurado na Itália.
A assessoria ligou para a gente, dizendo para não ir. Eles falaram que a gente poderia até ir para “turistar” e tentar alguma coisa lá, por ser um decreto e não uma lei, por enquanto. Mas, é muito difícil, não podemos brincar com isso, explicaram.
Mariana e Diego são influenciadores digitais e costumam postar a vida cotidiana nas redes. O caso do reconhecimento da cidadania era uma pauta abordada constantemente por eles na internet, o que acabou sendo frustrado após o decreto.
VEJA O VÍDEO COMPLETO:
Entenda mudança para emitir cidadania italiana
O decreto foi instaurado nesta sexta-feira (28). Com ele, só poderão solicitar a cidadania quem tem avós italianos, pais nascidos no país ou residentes por dois anos na Itália. O governo visa “conter a comercialização do passaporte italiano” e o aumento de solicitações, vindas principalmente da América do Sul.
O país concede cidadania, assim como outros países, segundo o princípio do “ius sanguinis” (o direito de sangue). Ou seja, a possibilidade de os descendentes da segunda, terceira e quarta geração de italianos terem a cidadania.
Com a nova reforma, os custos para obter a cidadania também vão aumentar para os estrangeiros.
“Eram € 300, a partir do dia primeiro de janeiro passamos para € 600. A proposta é chegar aos € 700, pois as prefeituras, sobretudo as pequenas, estão congestionadas com pedidos”, explicou o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani.
*Texto sob supervisão do editor Gabriel Barros.