"Direito de sangue"

Casal do ES desabafa após decreto rígido para emitir cidadania italiana: "Sensação de luto"

Decreto do governo da Itália frustrou os planos dos influenciadores Mariana Oliveira e Diego Fortes

Foto: Reprodução/ TikTok
Foto: Reprodução/ TikTok

Um casal capixaba foi impedido de viajar para a Itália, dois dias antes do embarque, após a publicação de um decreto que endurece as regras para o reconhecimento da cidadania para quem não nasceu no país europeu.

Mariana Oliveira publicou um vídeo em uma rede social em que explica o motivo de não conseguir reconhecer a cidadania do marido, Diego Fortes. Segundo ela, os planos do casal se frustraram após o decreto do governo italiano publicado nesta sexta-feira (28).

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A capixaba explicou que iriam viajar para reconhecer a cidadania de Diego, que possui parentesco italiano. O trisavô do capixaba era italiano e, com isso, pela legislação ele poderia ter a cidadania. O decreto torna o processo mais restrito.

É uma sensação de luto, mas Deus está no controle de tudo, escreveu Mariana na legenda da publicação.

No vídeo, o casal contou que estava se preparando para viajar há quatro meses e, faltando apenas dois dias para o embarque, que seria neste domingo (30), eles receberam a notícia de que o decreto tinha sido instaurado na Itália.

A assessoria ligou para a gente, dizendo para não ir. Eles falaram que a gente poderia até ir para “turistar” e tentar alguma coisa lá, por ser um decreto e não uma lei, por enquanto. Mas, é muito difícil, não podemos brincar com isso, explicaram.

Mariana e Diego são influenciadores digitais e costumam postar a vida cotidiana nas redes. O caso do reconhecimento da cidadania era uma pauta abordada constantemente por eles na internet, o que acabou sendo frustrado após o decreto.

VEJA O VÍDEO COMPLETO:

@ofcmarioliveira

É uma sensação de luto, mas Deus tá no controle de tudo ❤️‍🩹 @O Diego Fortes

♬ som original – Mariana Oliveira

Entenda mudança para emitir cidadania italiana

O decreto foi instaurado nesta sexta-feira (28). Com ele, só poderão solicitar a cidadania quem tem avós italianos, pais nascidos no país ou residentes por dois anos na Itália. O governo visa “conter a comercialização do passaporte italiano” e o aumento de solicitações, vindas principalmente da América do Sul.

O país concede cidadania, assim como outros países, segundo o princípio do “ius sanguinis” (o direito de sangue). Ou seja, a possibilidade de os descendentes da segunda, terceira e quarta geração de italianos terem a cidadania.

Com a nova reforma, os custos para obter a cidadania também vão aumentar para os estrangeiros.

“Eram € 300, a partir do dia primeiro de janeiro passamos para € 600. A proposta é chegar aos € 700, pois as prefeituras, sobretudo as pequenas, estão congestionadas com pedidos”, explicou o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani.

*Texto sob supervisão do editor Gabriel Barros.

Lucas Gaviorno, estagiário do Folha Vitória
Lucas Gaviorno *

Estagiário

Estagiário do Folha Vitória, graduando em Jornalismo, pela Faesa, e em Letras, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

Estagiário do Folha Vitória, graduando em Jornalismo, pela Faesa, e em Letras, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)