Casas de apostas podem ocupar 90% dos patrocínios master no Brasileirão

Foto de Tim Mossholder na Unsplash

As casas de apostas assumiram o protagonismo no mercado de patrocínios do futebol brasileiro. No Campeonato Brasileiro de 2025, a maioria dos clubes da Série A tem uma empresa do setor como patrocinador máster.

Vale destacar que já são diversas casas de apostas com bônus liberadas para operarem no Brasil, com regulamentação que começou desde o primeiro dia de 2025.

Com a regulamentação em vigor, o Brasil estabeleceu diretrizes próprias para o setor. Agora, qualquer empresa que deseja continuar operando no país precisa obter a licença de operação nacional e se adequar às exigências do governo.

Casas de apostas dominam o futebol brasileiro

Entre os clubes da elite do futebol brasileiro, apenas dois não possuem uma casa de apostas como patrocinador máster: Red Bull Bragantino e Mirassol. No caso do Bragantino, a equipe pertence à marca Red Bull, que mantém seu próprio espaço na camisa.

O Mirassol, por sua vez, mantém sua parceria de longa data com a empresa de refrigerantes Poty, que já o acompanha desde as divisões inferiores do futebol brasileiro.

Entre os últimos clubes a firmarem acordos com casas de apostas estão Grêmio e Internacional. Ambos tinham parceria com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), mas optaram por fechar contrato com a mesma empresa: Alfa.bet.

Confira todos os patrocinadores másters das equipes do Campeonato Brasileiro Série A 2025:

  • Atlético-MG – H2Bet
  • Bahia – Viva Sorte.bet
  • Botafogo – Vbet
  • Ceará – Esportes da Sorte
  • Corinthians – Esportes da Sorte
  • Cruzeiro – Betfair
  • Flamengo – Pix Bet
  • Fluminense – Superbet
  • Fortaleza – Cassino Bet
  • Grêmio – Alfa.bet
  • Internacional – Alfa.bet
  • Juventude – Stake
  • Mirassol – Guaraná Poty
  • Palmeiras – Sporting Bet
  • RB Bragantino – Red Bull
  • Santos – Blaze
  • São Paulo – Superbet
  • Sport – Bet Nacional
  • Vasco – Betfair
  • Vitória – 7KBet

Principais mudanças com a regulamentação no Brasil

O Ministério da Fazenda e a Secretaria de Prêmios e Apostas estabeleceram a regulamentação para o setor de apostas no Brasil, liberando inicialmente 66 empresas para operar. Esse número continua crescendo, já que o processo de solicitação de licença segue aberto e o gosto pelos palpites só aumenta no mundo do esporte.

Para obter a licença de operação, as empresas precisam cumprir uma série de exigências, como o registro nos órgãos regulatórios brasileiros, a implementação de medidas de jogo responsável e a garantia de transparência na divulgação de cotações, notícias e resultados.

As casas de apostas aprovadas devem pagar uma outorga no valor de R$ 30 milhões, o que garante a licença de operação por cinco anos, permitindo que a empresa explore até três marcas diferentes no país.

Essas medidas não apenas geram receita para o governo, mas também aumentam a segurança e a transparência do setor. O objetivo é combater fraudes, proteger os dados dos usuários e evitar que terceiros utilizem contas de apostas de maneira indevida, com o reforço de tecnologias como o reconhecimento facial.

Outro ponto importante da regulamentação é a limitação dos métodos de pagamento. O uso de cartões de crédito foi proibido, priorizando o Pix como principal forma de transação. A medida visa evitar o endividamento excessivo dos apostadores.

Dídimo Effgen Colunista
Colunista
Diretor Geral da Dicape Representações e Serviços Ltda.