A Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) anunciou que irá implantar um emissário submarino na Serra para lançar a água tratada de esgoto dos mais de 546 mil habitantes da cidade. O investimento é de R$ 335 milhões.
O emissário é uma estrutura de tubos que levará a água já tratada para o fundo do mar. Estruturas parecidas já existem em outras cidades do país, como Santos, no litoral de São Paulo, e em outros países.
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A proposta apresentada pela Cesan na última semana é resultado de um estudo da Comissão Técnica feito para analisar as alternativas de arranjos e tecnologias de tratamento de esgoto na cidade. Esse projeto conta com a participação da Concessionária Ambiental Serra.
O estudo, segundo a companhia, apontou como solução, do ponto de vista técnico e ambiental, a implantação de quatro sistemas de tratamento, com lançamento do efluente no mar por meio de uma tubulação submarina. Esse emissário tem capacidade para tratar 1.198 litros por segundo de vazão média.
Com a implantação desses quatro sistemas, as 21 estações de tratamento de esgoto que existem atualmente devem ser substituídas.
Utilizaremos uma tecnologia europeia consolidada, garantindo um sistema moderno, seguro e ambientalmente correto. Essa inovação reforça nosso compromisso com a universalização do saneamento, beneficiando mais de 546 mil pessoas e contribuindo para a preservação do meio ambiente, afirmou o presidente da companhia, Munir Abud.
Obra vai ter 40 metros de profundidade
Entre as estações que terão a implementação do sistema está a de Jacaraípe. O sistema, segundo a Cesan, será o maior polo de tratamento de esgoto sanitário do município, responsável por tratar cerca de 76% de todo o esgoto gerado.
Em razão da elevada vazão a ser tratada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jacaraípe, de acordo com a companhia, será necessário direcionar o efluente tratado por aproximadamente 3.500 metros mar adentro, garantindo uma dispersão mais eficiente. A obra terá aproximadamente 40 metros de profundidade.
Será feito um termo aditivo no contrato com a parceira público-privada Aegea. O prazo de execução da obra é de 60 meses, a partir da assinatura do Termo Aditivo, informou a companhia.