Cotidiano

Fotos incríveis! Conheça as belezas do Corredor de Biodiversidade de Aracruz

A visita técnica ao Corredor de Biodiversidade de Aracruz revela sua biodiversidade única e a conexão entre cultura local e preservação ambiental

Fotos incríveis! Conheça as belezas do Corredor de Biodiversidade de Aracruz

Descobrir o Corredor de Biodiversidade de Aracruz foi como abrir um livro cheio de histórias escritas pela Mata Atlântica, pelos manguezais, praias e por quem vive nessa terra. Pessoas e animais!

A foto mostra a Saíra-beija-flor, uma das aves símbolo do município de Aracruz, com suas cores vibrantes, capturada em um momento de sua presença na natureza local
A Saíra-beija-flor, um dos símbolos de Aracruz, destaca-se pela sua beleza e cores vibrantes. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 Foto do manguezal do Rio Piraquê-Açu, destacando a vegetação densa e a importância ecológica da área para o ecossistema local
O manguezal do Rio Piraquê-Açu, um ecossistema crucial para a biodiversidade e economia do Espírito Santo. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Durante cinco dias intensos, eu e a equipe do Instituto Últimos Refúgios fizemos uma visita técnica, em parceria com a Prefeitura de Aracruz, para conhecermos as lindas paisagens, biodiversidade e cultura de Aracruz-ES, desde praias banhadas pelo Atlântico até aldeias indígenas que guardam tradições de tempos passados. 

A equipe do Instituto Últimos Refúgios realiza visita técnica em Aracruz para documentar a biodiversidade local. | Fotos: Leonardo Merçon e Raphael Gaspar/Instituto Últimos Refúgios

O projeto “Corredor de Biodiversidade de Aracruz” tem o objetivo de valorizar e fomentar atividades culturais e econômicas sustentáveis no Município, baseado nos conceitos da Economia Verde e da Economia Azul. Incluindo a observação da natureza e a ciência cidadã.

Conexão com a natureza e com as pessoas

Localizado no litoral norte do Espírito Santo, o município de Aracruz é guardião de uma impressionante diversidade de ambientes, que vão desde a Mata Atlântica a manguezais e praias com suas restingas e costões rochosos. 

Foto do manguezal no costão rochoso da Praia da Biologia, mostrando a vegetação característica deste ecossistema único
O manguezal no costão rochoso da Praia da Biologia revela a beleza e a importância ecológica dessa área costeira. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
  Foto de uma área verde no SESC-Aracruz, mostrando um ambiente natural e de lazer no município
 A área verde no SESC-Aracruz oferece um espaço de lazer e convivência com a natureza. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
A imagem mostra a caminhada noturna guiada por Gabriel Ruschi, na Praia da Biologia, com os participantes observando a fauna local
 A caminhada noturna guiada por Gabriel Ruschi permite a observação de fauna noturna na Praia da Biologia. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Foto da foz do Rio Piraquê-Açu, onde o rio encontra o mar, mostrando a paisagem costeira de Aracruz
A foz do Rio Piraquê-Açu, um ponto de encontro entre o rio e o mar, revela a beleza natural de Aracruz. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

O Corredor de Biodiversidade de Aracruz é um mosaico natural, onde espécies da fauna e flora encontram abrigo e as comunidades locais mantêm vivas suas tradições.

Foto de um macaco-prego, uma espécie típica da fauna local de Aracruz, retratada em seu habitat natural
O macaco-prego, uma das espécies emblemáticas da fauna de Aracruz, é fotografado em seu habitat natural. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Foto do gavião-pernilongo, uma ave predadora capturada em Aracruz, destacando sua imponência e agilidade
O gavião-pernilongo, uma ave predadora, é registrado em Aracruz, mostrando sua agilidade e imponência. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Foto de uma cigarrinha, inseto encontrado durante a trilha no Parque Municipal de Aracruz, em meio à vegetação local
A cigarrinha, inseto típico de Aracruz, é fotografada durante a trilha no Parque Municipal. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Mergulhão-pequeno flutuando no lago do Parque Municipal do Aricanga, cercado por vegetação
O mergulhão-pequeno, ave aquática, nada tranquilamente no Parque Municipal do Aricanga. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Bando de cambada-de-chaves em meio à vegetação do SESC-Aracruz
Grupo de cambada-de-chaves repousa nas árvores do SESC-Aracruz, contribuindo para o ecossistema local. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 Quati-de-cauda-anelada em meio à vegetação do SESC-Aracruz.
Quati-de-cauda-anelada se movimenta entre as árvores do SESC-Aracruz, demonstrando sua agilidade. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Corais coloridos aderidos ao costão rochoso em Aracruz
A diversidade de corais no costão rochoso de Aracruz revela a riqueza da vida marinha. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
O aratu-vermelho se desloca entre as raízes do manguezal, simbolizando a resiliência desse ecossistema. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 O aratu-vermelho se desloca entre as raízes do manguezal, simbolizando a resiliência desse ecossistema. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Foco em áreas prioritárias

Durante uma visita técnica de cinco dias, foram mapeados pontos prioritários que compõem esse corredor. Para otimizar o pouco tempo que estivemos na região (ao menos nesse primeiro momento), foi necessário selecionar áreas que nos dariam “recortes” de conhecimento sobre a região.

Unidades de conservação como o Parque Natural Municipal do Aricanga Waldemar Devens e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Municipal Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim, bem como um dos costões rochosos mais ricos em biodiversidade que já vi, em especial o em frente a Estação Biológica Augusto Ruschi e a Praia da Biologia, demonstram o grande potencial desses remanescentes de Mata Atlântica, manguezais e áreas costeiras. 

Vista panorâmica da Praia da Biologia, com vegetação nativa ao fundo
A Praia da Biologia preserva sua vegetação natural e é um refúgio para a biodiversidade costeira. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
O Parque Municipal do Aricanga destaca-se como um importante refúgio para a biodiversidade da região. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Aldeias indígenas e herança cultural

Aracruz também se destaca por abrigar comunidades Guarani e Tupiniquim, cujas relações com recursos naturais simbolizam a busca de um equilibrio entre cultura e meio ambiente. 

 Cacique Jonas e sua esposa, Rosi, da Aldeia Indígena Três Palmeiras, em Aracruz-ES, sorrindo em meio à natureza local
Cacique Jonas e sua esposa, Rosi, da Aldeia Indígena Três Palmeiras, em Aracruz, representam a conexão com as tradições indígenas da região. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

O rio Piraquê-Açu, por exemplo, é um elo que conecta comunidades e fortalece os laços com a história local.

Jequiás tradicionais, embarcações utilizadas para pesca no Rio Piraquê-Açu, flutuando nas águas calmas
Os jequiás tradicionais são embarcações utilizadas pela população local para pesca no Rio Piraquê-Açu. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Além disso, as aldeias se mostram espaços de turismo de base comunitária, oferecendo roteiros culturais que valorizam o modo de vida indígena, a conexão com a natureza e fortalecem a identidade dos povos originários.

Mar, estuário e manguezal

Do azul do mar misturando-se às águas calmas dos rios no estuário, Aracruz surpreende com ambientes costeiros que abrigam tartarugas marinhas, peixes diversos e até crustáceos ameaçados de extinção, como o goiamum. 

Águia-pescadora voando sobre o Rio Piraquê-Açu, com suas garras preparadas para capturar o peixe
A águia-pescadora é vista sobrevoando o Rio Piraquê-Açu, demonstrando sua habilidade na caça. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 Goiamum, espécie ameaçada de extinção, sendo fotografado no manguezal de Aracruz
O goiamum, uma espécie ameaçada de extinção, é encontrado no manguezal de Aracruz. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 Polvo camuflado nas poças de maré do costão rochoso, durante a maré seca
O polvo é visto nas poças de maré do costão rochoso, explorando o ambiente durante a maré seca. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Caranguejo-hermitão caminhando pela praia, carregando sua concha
O caranguejo-hermitão percorre a praia, adaptando-se ao seu ambiente com sua concha. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
 Camarão-palhaço em um recife de corais no litoral de Aracruz
 O camarão-palhaço é registrado em seu habitat no recife de corais do litoral de Aracruz. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios
Filhote de donzelinha nadando nas poças de maré do costão rochoso
O filhote de donzelinha é fotografado nas poças de maré, explorando o ambiente costeiro. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

O surgimento de filhotes de tartaruga-cabeçuda ao longo das praias, que inclusive nos presentearam com um incomum nascimento durante o dia, e em meio a dezenas de turistas empolgados, demonstra a importância de áreas protegidas, garantindo que as futuras gerações possam conhecer esse espetáculo natural.

Nascimento de tartarugas-cabeçudas no ninho, na Praia Formosa de Aracruz
O nascimento de tartarugas-cabeçudas ocorre na Praia Formosa, em Aracruz, destacando a importância da preservação das áreas costeiras. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Em contrapartida, o cenário do manguezal morto no Piraquê-açú-mirim lembra que a ação humana e eventos climáticos extremos podem desequilibrar o ambiente. 

Manguezal danificado por eventos climáticos extremos, com árvores caídas e solo saturado
O manguezal de Aracruz sofre os impactos de eventos climáticos extremos, como tempestades e enchentes. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Recuperar essas áreas significa permitir a perpetuídade de espécies-chave e manter a funcionalidade de ecossistemas frágeis.

Um caminho para o futuro

As conversas com os locais e visitas à áreas naturais remanescentes, realizadas ao longo da visita técnica evidenciam o entusiasmo das comunidades, dos gestores públicos e dos especialistas na criação de materiais educativos e na promoção de iniciativas sustentáveis. 

A ideia para este projeto é produzir mais um dos livros fotográficos do Instituto Últimos Refúgios, bem como os produtos culturais que acompanhamo uma produção desse porte. Reportagens, ações de educação ambiental, ciência cidadã, produção audiovisual e eventos de engajamento que despertem o sentimento de orgulho pela região fazem parte da iniciativa.

Árvore gigante da Mata Atlântica, simbolizando resistência e preservação ambiental
A árvore gigante da Mata Atlântica é um símbolo de resistência e preservação ecológica. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

Valorizando as riquezas naturais de Aracruz e integrando a participação dos moradores, o Corredor de Biodiversidade pode tornar-se um modelo de conservação que prioriza não só o meio ambiente, mas também o desenvolvimento socioeconômico responsável. Por isso é preciso dar força para as iniciativas e pessoas que pretendem seguir nessa direção.

Aracruz: destino de diversidade em harmonia

Essa mescla de mar, praia, floresta, restinga, mangue e cultura transforma Aracruz em um destino capaz de surpreender aqueles que buscam contato autêntico com a natureza e a cultura brasileira. 

São praias eleitas entre as melhores do Brasil, rios pulsantes, aldeias indígenas e um povo acolhedor que carregam consigo as marcas de uma história longa, rica em manifestações folclóricas, artesanato e gastronomia.

Foz do Rio Piraquê-Açu, onde as águas doces se encontram com o mar, criando um cenário natural deslumbrante
A foz do Rio Piraquê-Açu é um ponto de encontro entre as águas doces do rio e o mar, formando um belo estuário. | Foto: Leonardo Merçon/Instituto Últimos Refúgios

A visita técnica ao Corredor de Biodiversidade de Aracruz culminou em inúmeras fotografias que eternizam momentos, mas o maior legado é o alerta sobre a importância de ações responsáveis. 

Proteger esse corredor é garantia da continuidade de ciclos naturais, a preservação de culturas locais e a saúde de ecossistemas que sustentam a vida.

Este projeto é um esforço do Instituto Últimos Refúgios em parceria com a Prefeitura de Aracruz para valorizar o Corredor de Vida de ARACRUZ, no Espírito Santo – Brasil. A visita técnica contou com também com o apoio do SESC-Aracruz. 

A criação de material cultural tem o objetivo de valorizar e fomentar atividades culturais e econômicas sustentáveis no Município de Aracruz, baseados nos conceitos da Economia Verde e da Economia Azul. Inclusive a observação da natureza e a ciência cidadã.

Envie o link da matéria para seus amigos que vão curtir esta história. Sua interação é fundamental para manter viva a nossa chama pela conservação e mostrar ao mundo a importância de proteger nossa biodiversidade.

Espero que tenham gostado desta história. Te vejo na próxima aventura!

Leonardo Merçon Fotógrafo de Natureza, Cinegrafista e Produtor Cultural
Fotógrafo de Natureza, Cinegrafista e Produtor Cultural
Fundador e diretor do Instituto Últimos Refúgios, OSC ambiental/cultural sem fins lucrativos, que atua desde 2011 na divulgação e sensibilização ambiental