Cotidiano

"Geloteca": como geladeiras viraram bibliotecas de rua em cidade do ES

Projeto da Academia de Letras de Venda Nova do Imigrante transforma eletrodomésticos em bibliotecas de rua

Geladeiras livros gelotecas
Foto: Ireni Peterle

O que você faria se encontrasse vários livros dentro de uma geladeira em uma rua qualquer da sua cidade? Em Venda Nova do Imigrante isso começou a se tornar realidade por meio do projeto Geladeiras Literárias.

A iniciativa partiu da Academia de Letras e Artes de Venda Nova do Imigrante (Alaveni) para promover a leitura, o conhecimento e a cultura dos moradores do município da Região Serrana do Espírito Santo.

LEIA TAMBÉM:

Jovem repete feito da irmã e fica em 1° lugar em Medicina na Ufes

MEC divulga resultado do Sisu 2025 com um dia de atraso; veja como consultar

Mais de 100 alunos da rede pública do ES embarcam para intercâmbio no Canadá

As “gelotecas”, nome dado para as geladeiras com livros, foram instaladas em três bairros da cidade: Vila Betânia, Centro e Vila da Mata.

Os membros da academia encontraram geladeiras em bom estado e foram responsáveis pela pintura dos eletrodomésticos, para serem transformadas em espaços únicos de livros.

Os livros das geladeiras foram selecionados por diversidade e gênero, como romance, ficção, não ficção, poesia, livros infantis, incluindo obras de autores brasileiros, estrangeiros e nas diversas faixas etárias como infantil, juvenil e adulto, todos em bom estado de conservação.

VEJA O VÍDEO DA GELOTECA:

Segundo a presidente da Academia de Letras de Venda Nova do Imigrante, Ireni Peterle, os livros foram adquiridos por meio de doações.

Abastecemos as geladeiras com o que tínhamos disponível, com livros que foram doados pelas feiras literárias, doação dos acadêmicos de algumas academias de letras e também pela comunidade, disse a presidente da Alaveni.

Além disso, segundo a presidente da Alaveni, o projeto também tem um olhar sustentável. A ideia de usar carcaças de geladeiras como “gelotecas” surgiu para promover a leitura e reutilizar materiais descartados.

“São resistentes, fáceis de adaptar e simbolizam sustentabilidade, aliando incentivo à cultura e cuidado com o meio ambiente”, disse a presidente.

Para Ireni Peterle, os livros podem unir pessoas, desenvolvendo a empatia e compreensão pelo próximo.

A literatura tem o poder de unir as pessoas e promover a conscientização em uma comunidade. Ao ler sobre experiências e perspectivas diferentes, as pessoas podem desenvolver empatia e compreensão pelos outros, além disso, literatura pode estimular a reflexão crítica sobre questões sociais e inspirar mudança social. Ao promover a leitura e a discussão de livros, as comunidades podem se tornar unidas e conscientes.

A presidente da Alaveni informou que os pontos de coleta para os interessados em doarem os livros são as próprias geladeiras espalhadas pela cidade. Além disso, podem ser entregues para a própria presidente da Alaveni ou para outros acadêmicos.

*Texto sob a supervisão de Daniella Zanotti.