Cotidiano

"Nasci de novo", diz mulher baleada durante assalto em ônibus

O assalto ocorreu a um ônibus que saía do Terminal de Carapina, na Serra, por volta de 21h45 de domingo

Vítima foi baleada na nuca na noite deste domingo (2) 

Reprodução/TV Vitória
Vítima foi baleada na nuca na noite deste domingo (2) Reprodução/TV Vitória

Uma mulher de 30 anos, baleada na nuca durante um assalto a um ônibus do Sistema Transcol na noite deste domingo (2), já está em casa. Apesar do ataque, ela diz estar grata por ter sobrevivido.

“Meu aniversário é em outubro, vou comemorar duas vezes no ano a partir de agora, porque nasci de novo”, afirmou em entrevista à TV Vitória.

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O assalto ocorreu a um ônibus que saía do Terminal de Carapina, na Serra, por volta de 21h45 de domingo. Pouco depois do embarque dos passageiros, três homens entraram no coletivo e anunciaram o roubo.

Segundo a vítima, os suspeitos pediram para que os passageiros entregassem os celulares e outros objetos de valor e que não houve reação por parte dela e nem por nenhum dos outros ocupantes do coletivo.

Eu só levantei a mão para trás, porque eu estava logo no primeiro banco, o da frente. Levantei a mão para pegar o celular. Eu não olhei, não esbocei movimento nenhum de querer levantar ou reagir, e entreguei o celular. Ele foi até desbloqueado. Logo quando eles foram descer, veio o impacto do tiro, relatou.

Corrida contra o tempo

Logo após o disparo, a mulher relata que sentiu dor e que teria colocado as mãos na cabeça, momento em que percebeu que sangrava muito. Além dela, uma outra passageira foi atacada com uma coronhada na boca e perdeu alguns dentes.

A todo momento, segundo a vítima, o motorista do coletivo tentava acalmá-la e confortá-la após o disparo.

“Eu escutei o barulho muito forte e logo depois a queimação na minha nuca. Eu coloquei as duas mãos na nuca e senti o sangue esguichar. O motorista manteve uma calma, que eu desconheço, conseguiu me trazer calma. No começo eu fiquei muito assustada, com a quantidade de sangue que estava perdendo, com a dor. Ele foi no Samu, conversando, passando informações. Quando desligou o telefone eu pedi a ele para ligar para a minha tia”, contou.

Além do motorista, a vítima relata que também recebeu conforto de pessoas que entraram no ônibus para ajudá-la após o assalto.

“Um senhor entrou no ônibus e disse: moça, ora para você, porque quanto mais você fala, mais sangra. Tente orar no seu íntimo, pode ter certeza que já deu tudo certo”.

Antes da chegada da ambulância, viaturas de polícia chegaram ao local e ajudaram a vítima, que estava consciente e conseguia caminhar sem ajuda.

A mulher está em casa e faz uso de medicamentos para tratar o ferimento. A cicatrização segue normal, segundo ela, que segue sem sequelas. Ela não precisou passar por cirurgia.

*Com informações da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record