
Um grupo de cerca de 70 moradores invadiu e ocupou corredores e salas da Prefeitura de Vila Velha, na manhã desta terça-feira (25), em um protesto contra desapropriação de moradias na localidade conhecida como Vila Esperança e Vale Conquista, em Jabaeté, na região 5 do município.
Com faixas e cartazes, os manifestantes entraram no local para exigir conversa com representantes da prefeitura. O grupo afirma que 800 famílias moram na região há cerca de sete anos em habitações precárias, sem acesso a água encanada, tratamento de esgoto e energia elétrica.
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Recentemente, os moradores da região foram alvo de uma decisão judicial para reintegração de posse por se tratar de uma área particular.
Em protesto contra a decisão e para pedir moradias, o grupo de cerca de 70 pessoas invadiu e ocupou a sede da prefeitura na manhã desta terça-feira (25). Os funcionários acionaram a Guarda Municipal de Vila Velha e a Polícia Militar para conter os manifestantes.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram representantes das forças de segurança negociando com os manifestantes para que o local fosse desocupado e que uma comissão fosse criada para conversar com integrantes da prefeitura.
Prefeito diz que não permitirá ocupações irregulares e anuncia moradias
No Instagram, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, afirmou que o município não vai permitir mais ocupações irregulares.
“As identificadas pela Prefeitura e passíveis de regularização, o município está trabalhado para isso ocorra. Neste exato momento estamos construindo 280 moradias sociais para acolher famílias em vulnerabilidade social”, escreveu o prefeito.
Arnaldinho disse ainda que o município tem programas de habitação social que vão ser iniciados. “Chega de grilagem de terra e manipulação das famílias de bem de Vila Velha, por meio de informações falsas”.
Em nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que as comunidades estão localizadas em área particular e que a prefeitura não é parte integrante da ação judicial, que determinou a reintegração de posse do local.
“A Prefeitura se solidariza com os moradores e se colocou à disposição deles. Ainda hoje haverá uma reunião com a comissão formada por representantes dessas comunidades para tratar do assunto. O município vai dar o apoio no que tiver ao seu alcance e dentro dos princípios legais”, informou.