
A Marinha do Brasil suspendeu as buscas pelo pescador, de 46 anos, que desapareceu em alto mar, nas proximidades da Jacaraípe, na Serra. Na ocasião, eram três pescadores, sendo que dois deles foram resgatados por outra embarcação logo após o naufrágio.
De acordo com a nota enviada pela Marinha, as ações, que foram iniciadas no dia 23, duraram, ao todo, 75 horas de navegação e mais dezoito horas de voo. Diversos meios foram utilizados para tentar encontrar Saith Simões Gabriel.
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Um Inquérito sobre Acidentes e Fatos e Navegação para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido foi instaurado, além de divulgação para outros navios e embarcações que transitam na área do desaparecimento.
As buscas serão retomadas se novas informações sobre o caso surgirem. A Marinha destacou que novas informações podem ser enviadas pela população, por meios números 185 e (27) 2124-6526.
Relembre o caso
O barco “Ana Júnior” havia saído do distrito de Itaipava, em Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no último dia 12. Uma onda forte fez o barco virar e os três tripulantes ficaram vários dias à deriva. Apenas a proa do barco não ficou submersa.
No último domingo (23), um barco de pesca passou próximo aos náufragos, que estavam próximos a Jacaraípe, na Serra, 140 quilômetros de onde partiram. Saith Simões Gabriel, que continua desaparecido, teria usado uma tábua e saído a nado em direção à costa, para buscar ajuda.
Três dias depois do resgate, a Marinha encontrou o barco que naufragou. A corrente marítima e os ventos levaram o barco em direção ao sul, e para longe da costa, mais de 80 quilômetros mar adentro.
Nesta sexta-feira, a equipe da TV Vitória/Record conversou com a esposa e mãe dos pescadores resgatados, Cinthia Mello. Ela não quis gravar entrevista, mas disse que os náufragos resgatados permanecem na UTI de um hospital de Vila Velha, ainda sem previsão de alta, mas que o quadro clínico evolui bem e eles não correm mais nenhum risco.
Durante o período em que ficaram no mar, eles disseram que foi o colega desaparecido quem manteve o grupo abastecido com água e comida. Saith mergulhou diversas vezes até a cozinha do barco, a nove metros de profundidade, para buscar os mantimentos.
*Texto sob a supervisão