O projeto de revitalização da área que vai da entrada da Ilha do Boi a Enseada do Suá, chamada de Morro do Bode, foi entregue à Prefeitura de Vitória nesta quarta-feira (19) e os moradores e visitantes da região já podem ver como o local vai ficar após as obras.
Idealizado pela Associação de Moradores e Amigos da Reserva Vitória (AMARV) e com assinatura do Escritório Burle Marx e da Nós Arquitetura, o plano é revitalizar os 25 mil m² com áreas verdes, mirantes, ciclovia, espaços para lazer e prática de esportes.
O calçadão da orla, que tem vista para a Baía de Vitória, também será conectado a outros espaços da cidade e às próprias áreas de lazer do Morro do Bode. O intuito é facilitar a mobilidade urbana na região e integrar os espaços.
São mais de 100 mil metros quadrados urbanizados para que a população de Vitória usufrua livremente. Todos espaços democráticos, que podem ser visitados e usufruídos pelos cidadãos de Vitória, pelos nossos vizinhos da Grande Vitória, por todos aqueles visitantes do Brasil, os nossos turistas, que toda vez que chegam aqui, acham tudo lindo, declarou Américo Buaiz Filho, presidente do Grupo Buaiz e presidente da AMARV.
O projeto urbanístico recebeu investimento de R$ 400 mil e agora parte para a etapa de análise para a execução, que será realizada pela gestão municipal comandada pelo prefeito Lorenzo Pazolini. A data para o início das obras ainda não foi definida.
“Vamos fazer do Morro do Bode, certamente, um local para atração de crianças, de idosos, um ponto de encontro dos capixabas, turistas e visitantes. Isso é o mais importante: gerar renda, oportunidade, transformar a vida das pessoas e fazer de Vitória a capital da felicidade”, afirmou o prefeito ao receber o planejamento.
Integração parque, praia e Morro do Bode
A área a ser transformada passa por trás do Shopping Vitória e será conectada aos outros projetos já realizados para valorizar a região da Capital, como a revitalização da Curva da Jurema e a construção do Parque Cultural Reserva Vitória.
Américo Buaiz Filho explicou que “faltava lançar um olhar sobre o Morro do Bode, que é uma área linda, com uma vista linda, que hoje não tem utilização ou tem uma má utilização, e também o entorno da Orla Marítima, onde estão os píeres”.
O vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Léo de Castro, acredita que Vitória passa por uma “revolução no urbanismo e na arquitetura” e que projetos como esse colocam a cidade em destaque no cenário nacional em termos de turismo, esportes e lazer.
“Gera qualidade de vida para quem mora aqui, oportunidades de desenvolvimento econômico e, consequentemente, faz com que a gente tenha cada vez mais qualidade de vida”, disse durante a cerimônia.
Dinamismo e economia
A expectativa é que a intervenção também atraia mais investimentos e movimente a economia de Vitória a partir de novos empreendimentos comerciais.
“Tudo isso transforma essa parte da cidade, que é muito nobre, em uma entidade autônoma, porque tem de tudo: comércio, shopping, mar, restaurante, tem tudo que se pode imaginar para que se viva a melhor qualidade de vida possível e para trabalhar também”, disse, otimista, Américo Buaiz Filho.
Para Pazolini, a execução do projeto vai proporcionar economia de recursos públicos, “potencializar a presença do poder público municipal da prefeitura e, principalmente, trazer os empreendedores para colaborarem nessa tarefa de fazer de Vitória uma capital turística”.
Léo de Castro concorda e reitera: “Desenvolvimento é a melhor forma de gerar renda média alta, de gerar bem-estar, de gerar segurança para uma sociedade”.
Veja o que muda no Morro do Bode
A área terá diversas instalações para proporcionar momentos de lazer e diversão aos visitantes, buscando utilizar espaços pouco aproveitados e inseguros. Para isso, serão construídos:
- Espaços para patinação, skate e patinetes;
- Ciclovia nivelada;
- Calçadão antiderrapante;
- Playground e brinquedos para escalada;
- Espaço pet;
- Decks de madeira e recantos com bancos;
- Mirantes;
- Praça multiuso para eventos, exposições e food trucks;
- Guarita de segurança;
- Banheiros públicos e bebedouros;
- Áreas verdes com vegetação existente e inclusão de plantas nativas.